Diretor da Folha do Mate é o novo presidente da ADI

COMUNICAÇÃO

Diretor da Folha do Mate é o novo presidente da ADI

Ricardo Silberschlag assumiu a presidência da entidade que congrega os grupos de comunicação regionais do RS. Presidente da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin prestigiou evento e destacou papel do jornalismo para o avanço da educação

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Atualizado quinta-feira,
27 de Abril de 2023 às 10:57

Diretor da Folha do Mate é o novo presidente da ADI
Ricardo Silberschlag sucede Adair Weiss na presidência da ADI. Alexandre De Grandi é o novo vice-presidente, no lugar de Márcio Vieira da Cunha. Crédito: Thiago Maurique
Estado
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Assembleia da Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI) empossou nessa terça-feira a sua nova diretoria para o exercício 2023/2024. Diretor do jornal Folha do Mate, de Venâncio Aires, Ricardo Silberschlag substituiu o diretor executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, na presidência da entidade que congrega os grupos de comunicação regionais do estado.

Ocorrida no Plaza São Rafael, em Porto Alegre, a posse da nova diretoria foi prestigiada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin (MDB). O deputado aproveitou a oportunidade para falar sobre projeto que coloca o parlamento gaúcho como protagonista de movimento que visa elevar o desempenho da educação no RS.

De acordo com Silberschlag, a nova gestão tem o propósito de mostrar a importância do jornalismo profissional para o desenvolvimento das comunidades. “Cada região tem sua peculiaridade e a ideia é promover uma troca de conhecimento maior entre as empresas associadas, além de realizar treinamentos capazes de ampliar o desempenho dos profissionais e gestores.”

A ADI também aprovou o ingresso de duas novas empresas jornalísticas à associação – os jornais Celeiro, de Santo Augusto, e Noroeste, de Santa Rosa. Com as adesões, o número de veículos associados à entidade chega a 30.

Fake news e multimídia

Na reunião, os representantes da ADI debateram temas que serão abordados durante o Seminário e o congresso da entidade, eventos que ocorrem no segundo semestre. Uma das principais discussões é sobre o prejuízo provocado pelas fake news ao jornalismo, e as consequências da desinformação nos negócios do setor. A intenção é debater o assunto no seminário, além de unir forças com as entidades nacionais de combate à prática.

Por fim, a assembleia aprovou mudança no nome da associação, que passa a se chamar ADI Multimídia. A mudança visa abranger o crescimento das empresas associadas, que hoje, além de jornais, também abrangem em seus negócios rádios, portais, revistas, editoras e produtoras de eventos.


ENTREVISTA – Vilmar Zanchin • presidente da AL-RS

“Educação, ao longo dos anos, foi assunto de poucos”

Durante a cerimônia de posse da nova gestão da ADI, Vilmar Zanchin, discorreu sobre o plano para reverter a crise na educação gaúcha. O projeto nasce de queda no desempenho do Estado nas avaliações de ensino, que se soma ao déficit da educação brasileira na comparação com os países desenvolvidos.

A Hora: O que efetivamente a AL fará na prática para mudar o cenário da educação gaúcha?

Vilmar Zanchin: Primeiro, formamos um conselho consultivo com especialistas de renome nacional. Com eles, estamos avaliando a condição atual do RS e identificando os eixos que devemos priorizar. Em outra frente, existe a mobilização da sociedade. Ao término deste ano, pretendemos construir uma espécie de marco legal da educação gaúcha. Ou seja, mais do que identificarmos as necessidades e alinharmos estratégias de avanços, queremos transformá-las em lei, para que tenhamos uma política de Estado para a Educação e não mais de governo.

AH: Quais os pontos principais do projeto?

Zanchin: Nós já identificamos quatro eixos prioritários. Um deles é a alfabetização na idade certa, que é até o término do 2º ano do ensino fundamental. Isso precisa ser feito por meio de políticas em regime de colaboração com os municípios, a exemplo do que foi realizado com êxito no Ceará. Outro é o ensino médio integral, aliado a uma estratégia de profissionalização que leve em conta a vocação produtiva das regiões. Outros dois gargalos são a ampliação do uso da tecnologia em sala de aula e o fortalecimento da carreira docente

AH: Por que perdemos espaço enquanto estado referência em educação?

Zanchin: Talvez pelo fato de a sociedade ter se omitido do debate e custado a encarar esse tema com a urgência que possui. Educação, ao longo dos anos, foi assunto de poucos. Quem não era professor, automaticamente era excluído — ou se excluía — das discussões. Felizmente essa realidade tem mudado. Hoje, há uma sinergia entre governo, entidades e a sociedade, discutindo esse tema com um viés de solução.

AH: Qual o papel dos veículos de comunicação neste processo de reconstrução da educação gaúcha?

Zanchin: Os veículos de comunicação, sobretudo do interior, possuem um papel crucial dentro desse processo de mobilização da sociedade, pela abrangência e relevância que possuem. Relatando os problemas da rede, mas também as experiências exitosas. Temos ilhas de excelência no ensino gaúcho, que podem ser replicadas em outros municípios e até mesmo servirem de estímulo.

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