Não custa lembrar

Opinião

Carlos Martini

Carlos Martini

Colunista

Não custa lembrar

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

As cooperativas vinícolas Aurora e Garibaldi nasceram praticamente juntas, em 1931, uma em Bento Gonçalves, outra em Garibaldi. Já são quase centenárias.

Hoje, somadas, têm mais de 1.500 famílias de pequenos produtores associados, que em média possuem 2,5 hectares destinados a parreirais. Somados aos oitocentos funcionários fixos das duas são 2.300 famílias que diretamente gravitam nos dois empreendimentos, sem contar todos os empregos indiretos gerados.

Juntas produzem 100 milhões de quilos de uva, destinadas a vinhos e espumantes de qualidade, sucos e outros derivados, e exportam pra mais de 20 países.

A vinícola Salton já passou dos cem anos, foi criada em 1910, já está na quarta geração familiar, também exporta produtos de alta qualidade para vários países, além do mercado interno.

Na real, a família Salton, desde 1884, já tinha um estabelecimento Casa di Pasto (restaurante hoje em dia), na então Colônia Dona Isabel, que mantém até hoje em outro local de Bento.

Podas e colheitas de uva dão muito trabalho e em tempo específico bem limitado, quem atua no ramo sabe disso. Mas isso a “gringalhada” costuma fazer com mão-de-obra familiar.

Os serviços terceirizados costumam ser contratados para carga e descarga, tipo os tradicionais “chapas”.
Se alguma empresa terceirizada falhou em alguma condição de alojamento, que responda por isso, mas não tem cabimento “queimar o filme” de empreendimentos tradicionais que tem uma longa história de benefícios gerados pra toda uma região e pra muita gente boa.

Devagar nas curvas e muito respeito com a história. In vino veritas, do latim: no vinho está a verdade.

OLIMPÍADAS

Uma “dupla de dois” lá das bandas de Venâncio Aires inventou de organizar um campeonato de tiro ao alvo com bodoques (fundas).

Boa ideia, vai render pano prá manga, talvez com transmissão direta ao vivo e a cores pela ESPN ou SportTV. E o regulamento é claro: tem que ser forquilha de galho de árvore, tiras de elástico ou borracha (inclusive de câmaras de bicicletas), presas com couro, ¨municão¨ de bolinhas de gude, cascalho miúdo ou açinho de rolamento.

Não entrei em mais detalhes, mas imagino que os alvos sejam as tradicionais latas de óleo de soja Primor ou Olvebra, de querosene Jacaré ou Esso, aveia Quaker, banha Dália, salsichas Oderich, quem sabe até latas de Flit e Detefon?

Torço pra que dê um quilo, ou mais, e que a iniciativa cresça e apareça bem na foto.

Aí talvez na próxima edição se possa organizar uma Olimpíada, com outras várias modalidades. Tipo carrinho de lomba, jogo de bulitas (nas três modalidades: nica-nica, busóque, triângulo ou círculo), pião, arremesso de aviãozinho de papel, orquestra de sopros (canudo de folha de moranga, folha de sempre-verde, pente com papel celofane), deslizamento de barrancos com hastes de coqueiro, tiro ao alvo com canudos de taquara (bolotas de cinamomo como “munição”), corrida de bólidos feitos com latas, melhor dentadura com casca de melancia, lançamento de pipas, botão de mesa, taco, cinco Marias, pula-cordas, guerra de bexigas, e por aí afora.

SAIDEIRA

Vizinho consultando o Cumpádi Belarmino:
– Tchê, tô com uma vaca fraquinha, magra e babando, que que tu deu pra tua quando estava assim?
– Uma dose dupla de terebentina injetada direto na veia!
Dois dias depois o vizinho volta:
– Cumpadre, eu fiz como o senhor, mas a minha vaca morreu na hora!
– Pois é…a minha também!

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