Renda extra aos piscicultores na Semana Santa

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Renda extra aos piscicultores na Semana Santa

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Crédito: Divulgação

A tradição de consumir peixe na Sexta-feira Santa movimenta um importante mercado regional. Diante do aumento de demanda, os criadores reforçam o estoque de pescado. Com vendas diretas nas taipas dos açudes ou por meio de feiras é a oportunidade de ampliar os negócios e garantir renda extra.

Apesar de perdas e limitações por conta da estiagem, a expectativa do setor é otimista. As projeções oficiais para este ano serão divulgadas na próxima semana pela Emater. A tendência é de manter números do ano passado, quando foram negociados cerca de 300 toneladas de peixe, volume que movimentou R$ 4,5 milhões na região.

Foram mais de 350 pontos de venda. Entre as feiras tradicionais, em Lajeado, o espaço do produtor estará aberto das 9h às 18h, nos dias 4, 5 e 6 de abril. Além de criadores locais, a associação de piscicultores de Sério fornece o pescado. Já em Estrela, a feira começa neste sábado com expectativa de vender até 18 toneladas. Os preços variam de R$ 13 a R$ 15.


Alívio nos custos de produção

Depois da queda nos preços de fertilizantes e da nutrição animal, há também recuo nos valores de defensivos agrícolas. Um dos principais herbicidas usados na região, à base de glifosato, chegou a custar R$ 1,7 mil (galão de 20 litros). Agora, produtores já encontram o mesmo produtor por pouco mais de R$ 750.

Ainda assim, há vários fatores internacionais, a exemplo da guerra na Ucrânia que deixa instável o futuro dos preços. O mesmo vale para as commodities. Nas últimas duas semanas as cotações de milho e soja registraram queda. Mas ainda não é possível cravar se é algo momentâneo ou que possa perdurar.

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Desigualdades no campo

O mês da mulher também proporcionou momentos de reflexão para as trabalhadoras rurais. Uma pesquisa divulgada pela Emater/RS-Ascar aponta que apesar da dupla jornada, raramente se traduz em independência financeira. O levantamento alerta para situações de excesso de carga de trabalho, que muitas vezes se estende por três turnos. O tema da violência contra a mulher também integrou a pesquisa. Entre as mais de 5 mil entrevistadas, pelo menos 42% conheciam casos de violência contra mulheres nas comunidades rurais onde vivem.


Exportações de carne suína em alta

As vendas internacionais de carne suína registraram alta de 6,11% em 18 dias do mês de março. Já o preço pago por tonelada é 12,8% superior ao praticado no mesmo período do ano passado. Os resultados indicam uma retomada importante no mercado externo diante das dificuldades enfrentadas pelo setor nos últimos dois anos.


Região busca incluir a erva-mate no mapa de produtos

A parte alta do Vale do Taquari busca o reconhecimento da qualidade da erva-mate cultivada. Entre as iniciativas em curso está o registro de Indicação Geográfica (IG) junto ao Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). Por meio desse reconhecimento, o objetivo é atestar que as condições de clima, relevo e solo contribuam para um produto exclusivo ao mercado.

Hoje, no RS, são apenas 14 indicações geográficas, entre elas a dos doces de Pelotas, os vinhos e espumantes da Serra e o chocolate de Gramado. O trabalho para colocar a erva-mate no mapa dos produtos seletos ainda deve perdurar por meses. Há várias pesquisas em curso com apoio de associações, Sebrae e Estado.

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