108 anos de Encantado

Opinião

Raica Franz Weiss

Raica Franz Weiss

108 anos de Encantado

Por

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O primeiro registro do território que compreende hoje o município data de 1635, quando padres jesuítas exploraram os rios Mbocarirói (Guaporé) e Tebiquary (Taquari). Em 1809, o Rio Grande do Sul foi dividido em quatro grandes municípios, e Encantado ficou dentro do território de Porto Alegre.

Duas décadas depois, em 1831, a localidade passou a integrar o município de Triunfo e, em 1849, se tornou parte de Taquari, com a emancipação da cidade-mãe do Vale do Taquari. A autonomia de Estrela chegou algumas décadas depois, em 1876. Enquanto ainda pertencia ao território da Princesa do Vale, Encantado recebeu seus primeiros colonizadores.

As terras foram mapeadas pelo Coronel José Francisco dos Santos Pinto em 1878, com o intuito de lotear e vender aos imigrantes europeus. Assim,em 1882, chegaram os primeiros colonizadores, vindos da Itália. Naquela época, o primitivo povoado de Encantado tinha ao sul a colônia alemã de Arroio do Meio, ao norte e oeste, os povoamentos de Soledade e Passo Fundo.

A primeira capela da cidade foi erguida por volta de 1887, era uma pequena igreja de madeira, no terreno onde hoje está o salão paroquial. Logo depois, em 1891, Lajeado se tornou município e, no ano seguinte, Encantado foi proclamado 2º Distrito de Lajeado.
Naquele tempo, outros povoados já estavam em formação pela região alta do Vale do Taquari, como São José da Anta Gorda, Santo Antônio do Jacaré e Arroio das Pedras, que depois deram origem às cidades de Anta Gorda, Relvado e Nova Bréscia, respectivamente.

Em 1914, lideranças de Encantado, Anta Gorda e Itapuca solicitaram ao então governador do Estado, Borges de Medeiros, a criação de um município autônomo. Juntas, essas três localidades somavam mais de 19 mil habitantes. Assim, em 31 de março de 1915, Encantado conquistou sua emancipação política, tendo Anta Gorda e Itapuca como distritos e uma área de 1,3 mil quilômetros quadrados.

A rua Padre Anchieta, com vista da escadaria da Igreja Matriz São Pedro. Crédito: Acervo Hugo Peretti/Divulgação

 

As ruas Júlio de Castilhos (foto), Marechal Deodoro e Tiradentes são as vias mais antigas da cidade, anteriores à emancipação em 1915. Crédito: Acervo Hugo Peretti/Divulgação

Um arroio encantado

O nome do município, conforme conta o livro dos historiadores Ferri e Thomé, teria origem nos povos indígenas. Um cacique e dois companheiros navegavam pelo Rio Taquari quando avistaram um vulto branco, nas proximidades da foz de um arroio. Ao pressentir a aproximação, o vulto jogou-se nas águas do rio, desaparecendo. Assim, segundo a lenda, aquele local teria sido denominado “Encantado”.

O registro mais antigo é datado de 1856, quando o nome foi anotado no livro paroquial de Santo Amaro. Os primeiros imigrantes italianos chamaram o lugar de “São Pedro de Encantado” e “São Pedro de Valdástico”, em referência à localidade na Itália. O nome Encantado, porém, foi o que predominou.


HÁ 20 ANOS

Caminhada pela paz

Centenas de alunos vestidos de branco, com faixas e cartazes, participavam de uma caminhada pela paz, no centro de Arroio do Meio. Eram estudantes das escolas Guararapes e São Miguel. A mobilização era um protesto contra a Guerra entre os Estados Unidos e o Iraque, que havia iniciado no dia 20 de março.

O percurso terminou com um abraço coletivo ao redor da Praça Flores da Cunha. Arquivo Municipal de Lajeado/O Informativo

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