Profissionais e empreendedores ganharão uma nova possibilidade de desenvolvimento nas próximas semanas. A partir da criação de três centros interligados, voltados à qualificação e ao preenchimento de gargalos identificados pelos setores público e privado, serão ofertadas capacitações pela Secretaria de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade (Sedis).
Denominados Central do Empreendedor, Centro de Inovação e Tecnologia e Centro Empresarial de Inovação, Tecnologia e Qualificação (Ceiteq), todos estarão no segundo piso da Sedis, que passa por reforma estrutural. A equipe que irá atuar terá dois profissionais de outros setores e os demais serão absorvidos da secretaria, ainda sem confirmação da quantidade de servidores indicados.
Com o diagnóstico da dificuldade em formar mão de obra, os gestores projetaram um espaço fixo para a oferta de cursos. “Assim incentivaremos a participação de outros entes, como o sistema S”, relata a titular da Sedis, Carine Schwingel. A proposta de um espaço público tem a intenção de entregar ao mercado pessoas qualificadas e com olhar diferenciado em relação à importância de manter seus empregos.
A secretária aponta problemas técnicos e comportamentais em parte dos profissionais. “Hoje há muita rotatividade, então queremos uma formação também na questão emocional dos trabalhadores, para valorizarem as oportunidades que tem”, acrescenta. Os cursos de qualificação que eram esporádicos, se tornam permanentes com os centros.
A aproximação entre os empreendedores e quem procura por uma oportunidade é uma característica da integração entre estes centros. “Não adianta formar a mão de obra e não conectar com o mercado de trabalho”, diz a secretária. Ela lembra o formato do Conecta Empresa, plataforma criada no ano passado com esse mesmo objetivo, porém em um ambiente virtual. Nos próximos dias será lançado um programa voltado aos microempreendedores individuais (MEI).
O espaço de inovação é a terceira ponta idealizada no projeto. Um hub de negócios será implementado para que empresas do setor se instalem e, como contrapartida, ofertem cursos de qualificação. “Será mais uma possibilidade de vincular inovação, formação técnica profissional e o empresário”, explica a gestora.
Busca por recursos
Em dezembro, o governo conseguiu junto ao Legislativo uma alteração na lei de incentivo às empresas. A atualização faz com que 5% dos valores que as organizações recebem de incentivos sejam revertidos diretamente ao Fundo Municipal de Qualificação. “Esses recursos serão utilizados para financiar os treinamentos”, aponta Carine. Em visita a Brasília, a secretária busca apoio para implantar as estruturas.
