“Sempre fui um sonhador e ainda hoje eu sou”

ABRE ASPAS

“Sempre fui um sonhador e ainda hoje eu sou”

Natural de Fazenda Lohmann, em Roca Sales, Enio Röhsig, chegou a Encantado em 1955 para trabalhar na antiga Cosuel. Lá passou por praticamente todos os setores, até sair e abrir a sua corretora de seguros. Aos 84 anos, não pensa em parar de trabalhar e recentemente escreveu a sua história em uma autobiografia intitulada “Enio Röhsig – 80 anos de Trabalho e Superação”.

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Atualizado terça-feira,
28 de Março de 2023 às 16:54

“Sempre fui um sonhador e ainda hoje eu sou”
Crédito: Bianca Mallmann

O que te trouxe a Encantado?

Sou natural de Roca Sales. Em 1955 vim trabalhar na cooperativa dos suinocultores de Encantado, chamada de Cosuel na época. Hoje é a Dália. Trabalhei 34 anos lá. Passei por diversos setores. Desde cobrador, almoxarifado, caixa de açougue, caixa geral. Em 1958 assumi o setor de recursos humanos. Tinha uma mesa e uma máquina apenas.

Comecei a trabalhar, fui crescendo, organizei o departamento pessoal. Anos depois fomos elogiados por todo o estado. Era o melhor setor de departamento pessoal do interior do Rio Grande do Sul. Só perdia para as multinacionais. Foram mais de 30 anos trabalhando nisso. Depois criei uma corretora de seguros, que trabalho até hoje. Passei por quase todas as entidades aqui de Encantado. Isso tudo está no meu livro, que conta toda a minha história.

O que representa ter a sua história contada em livro?

Eu gosto de dizer, e vocês podem até me contestar, mas acho que não tem cinco pessoas no Rio Grande do Sul que escreveram um livro da sua própria história. Isso falta muito. Tem livro escrito sobre políticos, grandes personalidades. Mas da vida, escrito por quem viveu e quis escrever, não tem quase nenhum. Que explique como começou a vida, por onde passou, toda a história. Este é o objetivo do meu livro. Da minha autobiografia.

O que te motiva a continuar trabalhando aos 84 anos?

É meio difícil de dizer. Acho que isso é da pessoa. Está no sangue. Eu sempre fui um sonhador e ainda hoje eu sou. Sempre quis ser alguém que podia ajudar as pessoas. E fiz isso com muita ênfase na minha vida. Ainda hoje, quase toda a semana, ajudo alguém aqui no prédio. Vejo um idoso que não sabe subir elevador, explico como funciona. Quem faz isso hoje? Acho que as pessoas estão muito preocupadas consigo e não com o próximo. Um alemão de Roca Sales, 84 anos, faz isso ainda. E me sinto bem. Então assim, acho que trouxe no sangue isso. O segredo é ajudar os outros e ser humilde.

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