Como o Lajeadense surgiu em sua vida?
A minha chegada ao Lajeadense foi por volta de 2010. Naquela ocasião o clube estava sem roupeiro ou mordomo. Foi a primeira vez que saí de Santa Maria. Agradeço a Deus por ter conhecido o povo de Lajeado, pois foi uma cidade que sempre me acolheu e me tratou muito bem.
Você esteve no último acesso do clube. O que uma equipe precisa ter para conquistar o acesso?
Primeiramente a gente precisa lembrar que não é nada fácil conseguir o acesso. Um clube não pode dar suporte somente ao futebol, mas principalmente ao atleta. O atleta é muito melindroso. Em 29 anos trabalhando com rouparia eu aprendi isso. Trato todo jogador como se fosse meu filho, tenho muito zelo por eles. Alguns clubes pecam nisso, não dão o devido cuidado no dia a dia. É preciso ter uma boa alimentação, condições decentes, um bom banheiro para o atleta que mora no alojamento. São os mínimos detalhes que fazem a diferença. A minha estrela brilhou muitas vezes e meu objetivo é ver o Lajeadense na Série A novamente.
Você construiu uma bela história no clube. Como foi a andança até voltar a Lajeado?
Meu primeiro período em Lajeado foi de 2010 a 2017, quando voltei para Santa Maria. Estava com saudade e tive de voltar. Pensei em me afastar do futebol, mas posso falar que o futebol é viciante. É impossível estar no futebol e deixar ele de lado. A última vez eu pedi para deixar o Lajeadense e fui atendido. Queria fazer uma reformar na minha casa em Santa Maria. O Lajeadense é o meu clube do coração, mesmo longe sempre o acompanhei. O povo de Lajeado sempre me acolheu super bem, e por isso decidi voltar para cá.
Chegou a receber outras propostas?
Eu estava em Santa Maria e recebi o convite do SER São Gabriel, que também me acolheu muito bem. Depois passei pela Juventus, de Jaraguá do Sul, também pelo Esportivo, onde conquistei o acesso, e agora voltei para Lajeado.
Como é morar no clube?
Para aquele que não sabe, sou pai de sete filhos e criei todos longe de mim. Pois sempre estava no clube. Morei em muito estádio. Vivi e vivo o futebol 24 horas por dia. É o que eu escolhi para a minha vida. Através do futebol eu constituí uma família, construí casa, consegui tudo que tenho.
Foi difícil escolher novamente o Lajeadense?
Recebi o telefonema do Serginho Almeida. Me ligou e perguntou se eu estava afim de voltar. Falei que tinha saído do Esportivo. Ele me convidou e eu não pensei duas vezes. Eu tinha outra proposta para ir ao Inter de Santa Maria. Mas eu optei pelo Lajeadense. Eu sempre escolherei o Lajeadense.