“Trato todo jogador como se fosse meu filho”

ABRE ASPAS

“Trato todo jogador como se fosse meu filho”

Natural de Santa Maria, Jorge Nilton Silveira, 60, vive do futebol faz quase 30 anos. Popularmente conhecido como “Ovo”, ele é roupeiro no Clube Esportivo Lajeadense. Da trajetória de sucesso entre 2010 e 2017, ele retorna ao Alviazul neste temporada e não esconde o amor pelo clube.

Por

Atualizado quarta-feira,
22 de Março de 2023 às 13:47

“Trato todo jogador como se fosse meu filho”
Crédito: Rodrigo Vedoy
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Como o Lajeadense surgiu em sua vida?

A minha chegada ao Lajeadense foi por volta de 2010. Naquela ocasião o clube estava sem roupeiro ou mordomo. Foi a primeira vez que saí de Santa Maria. Agradeço a Deus por ter conhecido o povo de Lajeado, pois foi uma cidade que sempre me acolheu e me tratou muito bem.

Você esteve no último acesso do clube. O que uma equipe precisa ter para conquistar o acesso?

Primeiramente a gente precisa lembrar que não é nada fácil conseguir o acesso. Um clube não pode dar suporte somente ao futebol, mas principalmente ao atleta. O atleta é muito melindroso. Em 29 anos trabalhando com rouparia eu aprendi isso. Trato todo jogador como se fosse meu filho, tenho muito zelo por eles. Alguns clubes pecam nisso, não dão o devido cuidado no dia a dia. É preciso ter uma boa alimentação, condições decentes, um bom banheiro para o atleta que mora no alojamento. São os mínimos detalhes que fazem a diferença. A minha estrela brilhou muitas vezes e meu objetivo é ver o Lajeadense na Série A novamente.

Você construiu uma bela história no clube. Como foi a andança até voltar a Lajeado?

Meu primeiro período em Lajeado foi de 2010 a 2017, quando voltei para Santa Maria. Estava com saudade e tive de voltar. Pensei em me afastar do futebol, mas posso falar que o futebol é viciante. É impossível estar no futebol e deixar ele de lado. A última vez eu pedi para deixar o Lajeadense e fui atendido. Queria fazer uma reformar na minha casa em Santa Maria. O Lajeadense é o meu clube do coração, mesmo longe sempre o acompanhei. O povo de Lajeado sempre me acolheu super bem, e por isso decidi voltar para cá.

Chegou a receber outras propostas?

Eu estava em Santa Maria e recebi o convite do SER São Gabriel, que também me acolheu muito bem. Depois passei pela Juventus, de Jaraguá do Sul, também pelo Esportivo, onde conquistei o acesso, e agora voltei para Lajeado.

Como é morar no clube?

Para aquele que não sabe, sou pai de sete filhos e criei todos longe de mim. Pois sempre estava no clube. Morei em muito estádio. Vivi e vivo o futebol 24 horas por dia. É o que eu escolhi para a minha vida. Através do futebol eu constituí uma família, construí casa, consegui tudo que tenho.

Foi difícil escolher novamente o Lajeadense?

Recebi o telefonema do Serginho Almeida. Me ligou e perguntou se eu estava afim de voltar. Falei que tinha saído do Esportivo. Ele me convidou e eu não pensei duas vezes. Eu tinha outra proposta para ir ao Inter de Santa Maria. Mas eu optei pelo Lajeadense. Eu sempre escolherei o Lajeadense.

Acompanhe
nossas
redes sociais