Uninter mostra como empreender é abrir caminho para mudanças culturais

Lajeado Empreendedora

Uninter mostra como empreender é abrir caminho para mudanças culturais

Inaugurado em 2004 na cidade de Lajeado, centro universitário foi um dos primeiros a inovar com o EAD, modalidade de ensino que hoje se tornou realidade consolidada

Uninter mostra como empreender é abrir caminho para mudanças culturais
Vivian Werlang Giovanella lidera a Uninter, centro universitário que conta com mais de 1300 alunos em Lajeado. (Foto: J. J. Silva)

A educação é parte fundamental no desenvolvimento pessoal e profissional do ser humano. E como tudo no mundo, as mudanças geram oportunidades. E foi o que motivou a criação da Uninter, Centro Universitário idealizado por Vivian e Ricardo Giovanella, uma das primeiras instituições de ensino de Lajeado voltada para graduação no formato à distância. 

Criada em 2004, a Uninter inovou e trouxe ao mercado local uma tendência que, anos mais tarde, se tornaria uma realidade em todo o Vale do Taquari. Contudo, o início foi desafiador, já que os alunos e até a opinião pública consideravam o EAD (Educação à Distância) inferior ao formato presencial. “Era muito difícil convencer alguém a fazer a matrícula. Quando abrimos em Lajeado, tínhamos só 30 alunos”, lembra Vivian, nome à frente do pólo.

Natural de Porto Lucena, na fronteira, o contexto familiar foi determinante para o desenvolvimento de seu interesse pelo meio acadêmico. O pai, Ivo Werlang, além de músico, era professor, assim como tios e tias. “Meu pai me levava junto quando dava aula. Sempre estive inserida nesse contexto escolar e sempre tive voz nesse meio. Acho que minha família despertou isso em mim”, recorda.

Quando tinha 11 anos, Vivian saiu da cidade de Alecrim, onde morava, para vir com a família a Lajeado. Foi na cidade que desenvolveu a paixão e a aptidão em ensinar. Formada em Pedagogia e Filosofia, além de contar com diversas outras especializações na área da psicopedagogia e neurociência, foi com a Uninter que ela percebeu que o desafio de colaborar com o desenvolvimento da Educação seria ainda maior.

“Nem sabia se ia dar certo. O pólo não se pagava. As provas eram enviadas por Correio e corrigidas em Curitiba. Não existia laboratório, internet, nada”, lembra. A partir da transformação da Uninter em centro universitário e o aumento da oferta de cursos, o público começou a procurar o pólo. Isso resultou num crescimento que chamou a atenção da sede e permitiu a ampliação da equipe, assim como consolidação no mercado local.

Esse processo teve seu marco em 2012. Durante cinco anos, Vivian e Ricardo confiaram no potencial da instituição e, principalmente, na inovação apresentada. “A gente acreditava, mas as pessoas não. Hoje entendemos que vimos o que os outros não enxergaram. Com o passar dos anos, a gente começou a colher os frutos”, analisa.

Hoje, a Uninter já formou mais de 500 mil alunos em todo o Brasil. Em Lajeado, o polo conta com 1300 estudantes e sete profissionais na equipe. “Empreender é uma jornada de mérito. É parecido com o EAD. A responsabilidade é apenas sua”, conclui Vivian, mais um exemplo de como o empreendedorismo pode transformar e colaborar com toda a sociedade.

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