Volúpia Bar suspende atividades

SEM DATA PARA VOLTAR

Volúpia Bar suspende atividades

Proprietárias do local alegam que recebem denúncias falsas e preconceituosas. Moradores do bairro Americano reclamam do alto volume da música e sujeira deixada na rua do estabelecimento

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Volúpia Bar suspende atividades
Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura informa que a renovação do alvará está em análise na Assessoria Jurídica do município. Crédito: Marcel Lovato/Arquivo
Lajeado

O Volúpia Bar e Espaço Cultural não abriu as portas no fim de semana passado. No próximo sábado, também não haverá festa. Em vídeo publicado na terça-feira, 14, nas redes do estabelecimento, Cassiana Schuhl e Suiara Matiazi, proprietárias do bar, afirmam que o local tem sido alvo constante de denúncias.

“É um espaço de acolhimento, cultura, de resistência. A gente faz muita coisa aqui além de festa”, diz Cassiana durante o vídeo. Conforme ela, os problemas começaram depois da primeira Parada Livre, evento que ocorreu em junho e reuniu cerca de mil participantes para celebrar o “Mês do Orgulho LGBTQIAP+”. O local também promove palestras e saraus.

Ainda na publicação, as proprietárias afirmam que “as denúncias caluniosas foram arquivadas”, mas seguem ocorrendo. Para dar atenção ao processo, o bar estará fechado nos próximos dias, sem data para voltar a funcionar. O Volúpia fica na rua Augusto Lange, no bairro Americano.

Problemas com alvará e com vizinhança

O presidente da Associação de Moradores do Bairro, Adair Ruppenthal, afirma que a reclamação dos vizinhos é em relação ao barulho e sujeira deixada na rua. Inclusive os fatos foram registrados em boletim de ocorrência. “Não há qualquer tipo de denúncia contra as proprietárias. A única alegação é a sujeira e a baderna. Verificamos a situação legal e o local funciona sem fiscalização por parte do município”, afirma.

Conforme a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (Sedetag), o alvará do estabelecimento está vencido. A renovação está em análise na Assessoria Jurídica do município. O caso também é acompanhado pelo Ministério Público. Em entrevista à rádio A Hora 102.9, o promotor Sérgio Diefenbach disse que foram solicitados os documentos para averiguações e que o prazo de entrega ainda está correndo.

O secretário da Sedetag, André Bücker, fala sobre ajustes necessários entre os dois lados. “A gente sempre busca que o empreendedor tenha condições de se estabelecer. Mas ele precisa estar dentro das conformidades. Por outro lado, quem tem a residência não pode dizer quem vai ou não ter o estabelecimento. É por isso que existe o Plano Diretor”, afirma.

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