Matéria do  A Hora inspira projeto de lei

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Matéria do A Hora inspira projeto de lei

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A vereadora Ana da Apama (MDB) se inspirou em uma matéria do jornal A Hora – divulgada na edição dos dias 4  e 5 de março – para concretizar um interessante projeto de lei. Em suma, a matéria que já está protocolada na câmara visa “instituir os Polos Gastronômicos do Município de Lajeado”.

A proposta sugere um olhar mais atento às normas de planejamento urbano, de segurança e de trânsito; à política municipal de turismo; para a promoção e o desenvolvimento sustentável das atividades econômicas instaladas; à atração de novos investimentos dentro de seus perfis vocacionais; ao apoio às novas instalações de restaurantes, bares e assemelhados com diferentes especialidades culinárias; à otimização do uso coletivo de estacionamentos, bem como ampliação de ofertas de vagas; e para a criação de festivais ou eventos gastronômicos.

O projeto de lei cita os polos verificados na reportagem da jornalista Bibiana Faleiro – localizados nos bairros Hidráulica, Americano, Centro, São Cristóvão e Conventos – e também sugere uma atenção maior para a harmonia estética desses espaços públicos, à repressão ao comércio ambulante irregular, e também para melhorias da iluminação pública e do passeio público.

Além disso, a matéria indica ao Executivo a possibilidade de incluir eventos gastronômicos no calendário oficial do município; firmar parcerias diretamente com os estabelecimentos ou por meio de suas associações representativas, bem como com outras entidades de iniciativa privada; e, por fim, ainda provoca a administração municipal a criar o Selo de Qualidade na Gastronomia, que será conferido periodicamente aos estabelecimentos que se adequarem às regras estabelecidas.


PSDB quer protagonismo

As eleições municipais só ocorrem em outubro do próximo ano, eu sei. Mas o tabuleiro político em Lajeado já está fervilhando. Entre os movimentos das peças, um destaque especial ao PSDB, o principal aliado do PP nas últimas administrações e campanhas. Para início de conversa, é preciso deixar claro: a relação já foi bem melhor entre os tucanos e o alto escalão dos Progressistas. Mais do que isso. A conjuntura está bastante desgastada e existe, inclusive, risco de ruptura caso a sigla fique de fora da majoritária no ano que vem. “Se o PP não sinalizar neste sentido, é possível que o PSDB saia da base antes do fim do ano”, avisa um agente público de nome forte na política local.

É fato. O PSDB não quer mais abrir mão da vaga de vice-prefeito (a) em uma eventual – e nova – administração municipal. Os tucanos querem indicar o candidato a vice em 2023, reforço, e isso pode não agradar certos caciques do PP. Afinal, e entre alguns Progressistas mais experientes e cancheiros, ainda reina a intenção de formar uma chapa pura.

Uma estratégia que funcionou nas duas últimas eleições, mas com apoio irrestrito dos tucanos durante as respectivas campanhas. Desta vez, e como antecipado na coluna do colega Fabiano Conte, uma das alternativas avaliadas pelo PP é uma chapa com Gláucia Schumacher e Fabiano Bergmann, o popular “Medonho”

Hoje o PSDB possui mais de mil filiados. Porém, são poucos correligionários com maior visibilidade junto ao eleitorado local. Com isso, sobrariam as opções mais conhecidas do público geral. Como exemplo, os secretários municipais Luís Benoitt (Meio Ambiente) e Carlos Reckziegel (Cultura, Esporte e Lazer), os vereadores Márcio Dal Cin e Paula Thomas, além de Mariela Portz e Ildo Salvi, com passagens recentes pela câmara de vereadores e prefeitura. E entre essas seis opções listadas, Benoitt seria o agente público com maior apelo junto ao setor empresarial da cidade. Mas tudo isso precisa ser construído de forma coletiva, para só então receber – ou não – o aval do PP.

O problema, neste caso, é construir coletivamente. O PSDB já foi mais unido. Hoje muitos agentes públicos parecem um tanto distante das pretensões e anseios do próprio partido. Mariela Portz, por exemplo, não participou dos últimos encontros do diretório municipal, e já faz algum tempo que ela ameaça deixar a sigla.

Já o vereador Márcio Dal Cin é sondado pelo Partido dos Trabalhadores e também pelo MDB, e provavelmente deixará o partido muito em breve. Além disso, a presidente municipal da sigla, a vereadora Paula Thomas, ainda carece de experiência política para administrar tantas circunstâncias adversas. Nada que não possa mudar ou melhorar com o tempo, é claro. Mas por ora o cenário é espinhoso aos anseios dos tucanos.

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