Após queda, emprego volta a crescer no Vale

Dados do Caged

Após queda, emprego volta a crescer no Vale

Apesar de perspectiva negativa frente a instabilidade no setor de proteína animal, região teve 397 vagas de trabalho criadas em janeiro, diz Caged

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Atualizado sábado,
11 de Março de 2023 às 16:49

Após queda, emprego volta a crescer no Vale
Comércio teve o pior resultado do caged nos três níveis, país, estado e região. Resultado era esperado, devido ao período de férias e fim dos temporários. Crédito: Filipe Faleiro/Arquivo
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que o ano começou positivo na geração de emprego no país, no RS e também no Vale do Taquari. Ante o tombo de dezembro, quando a região fechou mais de 1,4 mil postos de trabalho, janeiro foi de criação de postos de trabalho formais, com saldo de 397.

Esse resultado surpreende analistas. Havia uma expectativa de uma continuidade da retração vista no mês anterior, em especial devido ao cenário de instabilidade na indústria alimentícia, no segmento de proteína animal.

Justo esse segmento é o que puxa a alta regional. Nas fábricas, o saldo do mês passado em 38 cidades da região foi de 338. Em segundo lugar vem os serviços, com 103, e depois a Construção Civil, com dez postos criados. A agropecuária e o comércio tiveram retração nos empregos. Juntas, fecharam 55 vagas.

Na análise da economista e professora da Univates, Fernanda Sindelar, observa-se que a maior criação de empregos é nas cidades maiores. “São estes municípios que estão conseguindo desenvolver mais atividades e empregando os trabalhadores.” De acordo com ela, quando se avalia cada setor produtivo, nota-se muita disparidade entre os municípios. “Normalmente, a oscilação no emprego está ligada em um setor específico. Mas aqui, vemos que há diferenças. Em alguns cresceu a indústria e caiu o comércio. Em outros, o comércio teve um ótimo destaque e a indústria não.”

Casos como Arroio do Meio, Lajeado, Mato Leitão, Teutônia, Roca Sales e Taquari, a indústria preponderou nos empregos formais. “Talvez seja duas ou três empresas e com um crescimento bem significativo.”  Nos serviços, Estrela se destacou. Entre todas as cidades do Vale, foi a com mais postos de trabalho neste segmento. Um saldo de 86. Já o comércio fechou dez postos. Com as demais áreas, construção (-5), agropecuária (-3) e indústria (1), o geral ficou positivo em 69.

Outro destaque fica por conta de Encantado. Conseguiu saldo positivo tanto no comércio quanto nos serviços. “Isso chama atenção. Há empreendimentos que estão agregando trabalhadores nestes segmentos. Destoa de todos os demais”. Na cidade do Cristo Protetor, o serviços criou 30 vagas, o comércio 43 e a indústria 8. No negativo, a agropecuária (-7) e a construção civil (-1). Ne geral, saldo positivo de 73 postos.

Nem Lajeado teve um desempenho como essas duas cidades. O maior município da região fechou janeiro com 41 mais contratações do que desligamentos. Foram 12 nos serviços, 34 na construção, 27 na indústria e 2 na agropecuária. O comércio extinguiu 34 vagas de trabalho.

Poço das Antas e Westfália, as duas com frigoríficos de suínos e frangos, demitiram mais do que comprovaram. Segundo Fernanda, isso tem relação com a instabilidade vista na Languiru. “São reduções que já haviam sido anunciadas.” O setor industrial de Westfália ficou com saldo -48, sendo 46 no total. Algo muito parecido com Poço das Antas (negativo em 46. Mesmo número no saldo geral dos cinco setores).

 

 

 

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