Representantes do Vale iniciam o debate com a CCR Viasul para revisões no plano de obras na BR-386. No quarto encontro da Comissão Tripartite, ocorrido na manhã de ontem, concessionária e integrantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), conheceram detalhes sobre dois pedidos da região.
O primeiro diz respeito a elevação do trecho da rua Bento Rosa, que passa sob a ponte seca da BR-386. A modificação foi pedida pelo Fórum de Entidades de Lajeado e pelo Executivo. O objetivo é minimizar prejuízos devido a enchentes do Rio Taquari, com o aumento da cota 22 para 24.
Em seguida, foi apresentado o pedido para construção de um túnel para ligar os bairros Pinheiros e Imigrantes, em Estrela. Pelos argumentos da região, possibilitaria um acesso via BR-386, com uma possível redução nos congestionamentos na entrada da cidade.
Mais representação
O encontro também marcou a estreia da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) na Comissão Tripartite. O presidente e prefeito de Estrela, Elmar Schneider, soma-se ao indicado pelo Conselho de Desenvolvimento (Codevat), Ivandro Rosa, no grupo de representantes.
De acordo com Rosa, a concessionária afirmou que a entrega da duplicação nos trechos do Vale está prevista para junho e julho deste ano, enquanto o alargamento da pista entre Lajeado e Estrela, deve ser concluído em 2024.
Pelo cronograma, as intervenções para implantação da nova pista serão transferidas para a região norte da BR, entre Fontoura Xavier até Soledade.
Em dez anos, o contrato prevê mais de 169 quilômetros de pistas duplicadas na BR-386. A CCR Viasul venceu o leilão para assumir rodovias federais em novembro de 2018. Pelo contrato, parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a empresa terá de investir mais de R$ 7,8 bilhões durante os 30 anos de concessões.
Repactuação do contrato
As reuniões ao longo deste ano antecedem audiência pública para confirmar quais obras podem ou não ser acrescentadas. Esse acompanhamento está previsto no contrato e ocorre a cada cinco anos de concessão.
Conforme o presidente da Amvat, há uma série de outros pedidos em elaboração, como de melhorias no acesso de Marques de Souza, Bom Retiro do Sul e também em Fazenda Vilanova. “Agora temos de organizar a nossa região, para demonstrarmos de maneira técnica o porquê das intervenções.”
Segundo a concessionária, eventuais pedidos de inclusão de novos investimentos no atual programa de concessão precisam ser avaliados pelo poder concedente (ANTT) durante o processo de revisão do contrato de concessão. A partir disso, fevereiro de 2024 é a data em que se firma os acréscimos ou retiradas de obras do plano de investimento.
