Fornecedores, terceirizados e transportadores estão aflitos com relação ao pagamento devido pela cooperativa Languiru. Na semana passada, prestadores dos serviços de coleta dos produtos dos associados e entrega na indústria estiveram em uma reunião com o setor financeiro da cooperativa.
“A informação é que não há previsão. Fiquei bem assustado. Tenho mais de R$ 100 mil para receber do mês de dezembro”, conta um motorista que prefere não se identificar. Estima-se que hajam 58 transportadores nestas situação.
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De acordo com ele, a preocupação pela continuidade dos atrasos é quanto às futuras coletas. “Tem gente que vai desistir. E quando o produto ficar na propriedade e ninguém for buscar?”
Entre o grupo dos motoristas, há um temor em expor as situações. “Estamos confiando que vamos receber. Neste momento não há muito para falar.”
Nos supermercados, clientes também começam a ver falta de alguns produtos. Vão desde frutas, hortaliças e outros itens.
Um fornecedor afirma: “entregamos os materiais e esperávamos receber dia 15 de janeiro a carga de dezembro. São cerca de R$ 300 mil. Esperei um dia, não entrou. Em seguida, entrei em contato com o setor financeiro. Ninguém respondeu. Mandei mensagem, e-mail e nada”, conta o empresário, que também prefere não se identificar.
Sem resposta, entrou em contato com um comprador. “Ele me admitiu que estavam com dificuldades. Marcamos uma reunião, estive lá, e disseram que não havia previsão de quando poderiam pagar.”
Neste tempo, concluiu o pedido de janeiro, negócio aproximado de R$ 350 mil. “Estou com mais de R$ 600 mil para receber. Decidi não atender mais com venda a prazo. A cooperativa me consultou, para mais entregas, que precisava, agora só à vista.”
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