Em quase 20 anos de atuação no mercado, a RSData se consolidou como uma das principais empresas do setor de segurança e saúde do trabalho no país. Com sede em Estrela, atende mais de 700 clientes dos mais variados portes, inclusive grandes empresas e companhias, e apresentam soluções diferentes e inovadoras.
A trajetória da RSData foi destacada em “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Na ocasião, o proprietário Rogério Luiz Balbinot conversou com Rogério Wink e também detalhou os processos da empresa, as novas tecnologias e também abordou detalhes da área de atuação. Também recordou os primeiros passos no mercado de trabalho.
Nascido na capital gaúcha, Balbinot se considera “encantadense de coração”. Residiu por muitos anos no município, onde iniciou os estudos. “Meu pai é de Caxias do Sul e a mãe é de Porto Alegre. Eles se conheceram, depois andaram por Veranópolis, mas fixaram residência em Encantado. E eu cresci por lá, mas estudei também no Ceat, em Lajeado, e fiz o terceiro ano com cursinho pré-vestibular em Porto Alegre”, recorda.
O pai, médico conhecido na região, tentou levar o filho para o caminho da medicina. Mas Balbinot preferiu ingressar no ramo da engenharia civil, seguindo os passos de um tio. “Estudei na PUC-RS e me formei em 1984. Depois, meu pai, como um bom italiano, me convenceu a fazer uma pós-graduação. E aí que eu fui para essa área de hoje”
DICA DE LEITURA
Como tornar o seu trabalho conhecido? Essa é a pergunta que Austin Kleon busca responder neste livro. Segundo ele, a capacidade de estar acessível e usar as próprias redes pode ser mais importante do que um simples “networking”. Por isso, é fundamental apostar na autodescoberta e não na autopromoção. Esta é a sugestão apresentada por Rogério Wink nesta semana.
ENTREVISTA | ROGÉRIO BALBINOT • proprietário da RSData
“Temos que sempre nos atualizar. Você não pode parar”
Rogério Wink: Por que teu pai pediu para você fazer engenharia de segurança do trabalho?
Balbinot: Foi uma sugestão dele, que sempre pagou tudo. Sei que ele fazia medicina do trabalho e, vez e outra, tinha perícias. Ele viu muito potencial nessa área e aquilo acabou me influenciando de alguma forma.
Wink: Você colocou o pé na fábrica já nos tempos de universidade?
Balbinot: Eu comecei a ser desenhista de estrutura no último ano. Aí no ano seguinte, o pai me apresentou ao juiz da Justiça do Trabalho e comecei a fazer perícias em Santa Cruz do Sul, lá em fevereiro de 1986. Ia uma vez por mês. E também trabalhava com meu tio na empresa dele, como fiscal de obras. Eram obras que eu devia controlar.
Wink: Há algum modelo a ser seguido nessa área?
Balbinot: Hoje tem muitos, mas na época em que iniciei não havia nada. No Vale do Taquari eram poucos que atuavam na área. Em Santa Cruz tinha somente engenheiros de fábricas, não eram consultores. Eu precisava ir até São Paulo para aprender, pois aqui era tudo muito difícil.
Wink: Como tu viraste consultor e montou a primeira empresa?
Balbinot: Vi uma possibilidade de trabalhar na área e comecei a atuar nas empresas. A primeira foi a Xalingo, de Santa Cruz, através do diretor, Flávio Haas. Nós jogávamos tênis no litoral. Me contratou em maio de 1987, me testou e deixou um tempo para ver como eu me comportava. E aí fui indo para as demais empresas. Eu sempre fui muito focado. Aí, criei a Consetra.
Wink: Os equipamentos dessa área evoluíram muito?
Balbinot: Desde o início eu sempre procurei investir em equipamentos de ponta, mesmo sendo mais caros. O aparelho que mede
Wink: E como foi o desenvolvi- mento da RSData?
Balbinot: Foi em abril de 2003. Eu dava muitas palestras sobre aposentadoria antes, e abordá- vamos muito sobre a questão do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). No final do ano, já estávamos fazendo laudos. Vi que empresas grandes não conseguiam fazer o PPP. Até hoje, algumas não conseguem tirar. Isso que se passaram 20 anos. Eu tinha um programador, que orientava e ele transformava em um sistema. Já reescrevemos esse software três vezes. Temos que sempre nos atualizar. Você não pode parar.
Wink: Como foi a implantação do e-Social?
Balbinot: Me deparei com isso em 2013. Comecei a pesquisar, mexer com isso e fazer contatos. Trouxemos o Congresso Nacional de Engenharia de Segurança e convidamos o então ministro Manoel Dias para fazer abertura. Fiz um dossiê para entregar a ele, que estava bem a parte do assunto. Então, o assessor especial do ministro me pediu para ver o que precisava para implementar. Posso dizer que eu e alguns colegas ajudamos a aperfeiçoar o e-Social. As empresas iriam se complicar muito com isso na época.
Wink: Venda, implantação e suporte. Quem faz isso na tua empresa?
Balbinot: na parte de implantação, nós temos um time qualificado e usamos o suporte para contratar pessoas. Constantemente vamos atrás de profissionais, conforme aumenta o número de clientes. É uma área em crescimento. O que mais temos dificuldade é na parte de programação. Contamos com uma equipe enxuta, mas muito profissional.