Mudanças na E-Log

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Mudanças na E-Log

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O governo de Estrela projeta mudanças na direção da Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log), a mantenedora do porto e do aeródromo regional. E o principal movimento deve ser a saída da Diretora Administrativa e Financeira, Renata Cherini, que tende a assumir um cargo estratégico e mais próximo ao prefeito Elmar Schneider. 

As mudanças serão anunciadas nesta segunda-feira. Além disso, o Executivo estrelense finaliza as tratativas para anunciar novos secretários municipais nas pastas da Fazenda e Assistência Social. Pelo jeito, Schneider aproveitou o breve período de férias para repensar algumas estratégias.

 

As fortes críticas por parte de ciclistas experientes que estão incomodados com o andamento das obras da ciclovia intermunicipal fazem sentido. Afinal, e para a prática quase profissional do ciclismo, a estrutura carece de um espaço maior em determinados trechos já construídos, especialmente na cidade de Imigrante.

Mas, e isso precisa ficar claro, a pista de ciclismo – que também integra os municípios de Estrela e Colinas – não foi projetada para a prática esportiva, e sequer existe espaço físico e/ou verba suficientes para maiores ampliações. A bem da verdade, o recurso chegou por meio da Secretaria Estadual de Turismo. Ou seja, o espaço é destinado ao lazer e à contemplação. E também para garantir um mínimo de segurança a quem hoje pedala em meio a carros, caminhões, tratores e carroças. 

O debate sobre a construção do espaço é salutar e necessário, reforço. Ciclistas mais experientes estão certos em cobrar mais atenção aos detalhes. Mas não podemos só olhar o copo meio vazio. Pelo contrário. Durante os últimos anos, o Vale do Taquari tem se tornado um destino natural para o cicloturismo.

Entretanto, o avanço da prática não é acompanhado pelo necessário avanço em mecanismos e ferramentas que garantam um mínimo de segurança aos ciclistas e aos motoristas que, por vezes, são obrigados a invadir a pista contrária para evitar atropelamentos ou choques com as bicicletas. E só por isso a estrutura construída em Imigrante já se sustenta. Afinal, entre andar entre os carros e os pesados caminhões, ou escolher a ciclovia um tanto estreita em alguns trechos, eu não tenho dúvidas sobre onde eu vou pedalar. 

Presidentes, tragédias e empatia 

Muito bem orientado, Lula abriu mão da folga de carnaval (estava na Bahia) para acompanhar in loco a tragédia causada pelas chuvas no litoral de São Paulo. Ele também acertou ao enviar ministros ao Rio Grande do Sul para avaliar os efeitos da estiagem (foto) e anunciar importantes medidas para mitigar os prejuízos. Com a rápida movimentação, ele escapou de críticas severas por parte da imprensa nacional, que não costuma perdoar os presidentes que não visitam (ou demoram para visitar) pontos atingidos por catástrofes naturais. 

O último a “apanhar” dos repórteres (e posteriormente da massa) foi Jair Bolsonaro, que decidiu não interromper as férias em dezembro de 2021, mesmo diante de graves intempéries na Bahia. O mesmo já havia ocorrido com Dilma Rousseff, após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. E também com o próprio Lula, em novembro de 2008, quando fortes chuvas afetaram mais de 1,5 milhão de moradores em cerca de 60 municípios catarinenses, causando a morte de 135 pessoas. A mídia cobra, e com razão, um mínimo de empatia

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