Acidentes domésticos crescem e exigem atenção redobrada dos pais

NOSSOS FILHOS

Acidentes domésticos crescem e exigem atenção redobrada dos pais

Profissionais alertam para riscos, elencam quais são os casos mais frequentes e dão dicas de prevenção. Em 2021, 821 crianças morreram por situações ocorridas dentro de casa no país

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Atualizado terça-feira,
21 de Fevereiro de 2023 às 15:42

Acidentes domésticos crescem e exigem atenção redobrada dos pais
Profissionais deram dicas de prevenção e alertaram sobre os riscos que podem ocasionar acidentes domésticos. Crédito: Mateus Rois
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Estar dentro de casa nem sempre significa estar em segurança. Acidentes domésticos, por exemplo, podem ocorrer em diferentes situações. E entre as crianças, a incidência é maior, sobretudo quando pais ou responsáveis não dão a atenção devida. No Brasil, em 2021, foram registrados 824 mortes nesta faixa etária por situações ocorridas dentro do ambiente residencial.

Sufocamentos, queimaduras, afogamentos, intoxicações e quedas estão entre os casos mais recorrentes de acidentes. Detalhes e orientações sobre como evitá-los foram a temática de “Nossos Filhos”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. O médico emergencista André Pinheiro Weber e o enfermeiro e palestrante João Kist foram os convidados.

Weber comenta que os acidentes domésticos com crianças ocorrem muito pela falsa sensação de segurança que existe nas famílias. “Geralmente estamos com a guarda baixa. Aí, tem aquele relaxamento e as fatalidades acontecem. Existe um grande risco dentro de casa. Quando você tem uma criança e está tudo silencioso, é bom ficar de olho, pois algo pode estar acontecendo”, alerta.

Os acidentes domésticos variam conforme a faixa etária. Os sufocamentos, por exemplo, ocorrem com maior frequência nos primeiros meses de vida da criança, período em que as vias aéreas são muito pequenas.

Cuidados nas águas

Em tempos de verão e calor extremo, ter uma piscina em casa é uma boa opção para se refrescar. Mas, para quem tem criança pequena, a atenção deve ser redobrada. Kist comenta que o ideal é sempre ter uma barreira para evitar o contato direto. “Temos sempre que nos manter vigilantes. Ela está descobrindo coisas, não tem noção do medo e vai explorar o local”.

Já Weber lembra que até mesmo uma banheira representa um perigo, quando se trata de bebês de zero a quatro meses. “Ela pode se afogar mesmo com uma quantidade mínima de água. As vezes o pai ou a mãe levantam para pegar algo que esqueceu e o bebê pode escorregar e cair”.

Orientações

Nos casos de engasgos, Kist pontua que eles ocorrem devido a diversos fatores. Nos bebês de colo, é mais comum por conta do leite materno. Em muitas situações, até a chegada do resgate, os pais são orientados por telefone. A manobra de Heimlich é a mais adequada.

“Nós fazemos essa orientação até a chegada da ambulância no local. Ou muitas vezes, os pais chamam Bombeiros e Brigada Militar ou vão até esses locais. Geralmente tem um saldo positivo nessas situações, com chance grande de salvamento. Quando a criança chega no hospital chorando, é um bom sinal, pois o ar está passando”.

Kist reforça a importância do preparo em situações que exigem primeiros socorros em ambientes de recreação infantil. Cita a Lei Lucas, sancionada em 2018 após a morte do pequeno Lucas Begalli, de dez anos, no interior de São Paulo. “Ele se engasgou com um pedaço de salsicha de um cachorro-quente que serviram num passeio da escola. Não recebeu o atendimento adequado e veio a óbito”.

 

 

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