Lajeado avalia danos após enxurrada

REFLEXO DA CHUVA FORTE

Lajeado avalia danos após enxurrada

Cinco equipes da Secretaria de Obras vistoriam ruas e constatam prejuízos no calçamento, bocas de lobo e no asfalto. São pelo menos nove vias com necessidade de manutenção

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Atualizado quinta-feira,
16 de Fevereiro de 2023 às 08:18

Lajeado avalia danos após enxurrada
o ponto mais crítico. Pouca vazão da drenagem pluvial no trecho mais baixo é apontado como motivo para os problemas. Crédito: Prefeitura/Divulgação
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A força da água e a velocidade do alagamento no fim da tarde dessa terça-feira em Lajeado surpreendeu a população e o poder público. Em pouco menos de uma hora, a enxurrada ocasionou prejuízos nos bairros Santo André, Campestre, São Cristóvão, Universitário, Bom Pastor e no Centro.

Pela análise inicial, os motivos estão ligados ao descarte irregular de lixo, folhas e galhos que entupiram bocas de lobo, em especial no trecho onde há vazão do Arroio do Engenho. Junto com isso, problemas na drenagem urbana devido à tubulação antiga e de pouca vazão.

“A cidade cresceu. Temos avança imobiliário, mais prédios, mais asfalto. Como consequência, o solo absorve pouca água e os boeiros ficam cheios”, avalia o secretário de Obras, Fabiano Bergmann.

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De acordo com ele, é mantido um sistema para acompanhar o escoamento do Arroio do Engenho no bairro São Cristóvão. “Fazia muito tempo que não tínhamos uma chuva tão forte em pouco tempo. No rescaldo de hoje (ontem) pela manhã, tiramos muito lixo, restos de vegetação dos boeiros.”

Segundo Bergmann, em outras ocasiões até pneus, fogões e sofás estavam no curso de água, entupindo áreas de escoamento. Outro aspecto analisado pelo poder público é o impacto da duplicação da BR-386.

Há um indicativo de que a canalização nas imediações do acesso secundário pelo bairro Americano tenha contribuído para o acúmulo de água e o consequente alagamento na parte mais baixa, em especial na Av. Décio Martins Costa.

“A água chegou aos dois metros”

Dono de uma lavagem automotiva na Décio Martins Costa (conhecida como Rua do Valão), Jairo Cardoso, lembra do susto no momento da chuva. “Foi um caos. A água chegou aos dois metros ali na esquina entre a João Pessoa e a Santos Filho com a Décio.”

Para ele, se tivesse acontecido durante o dia, haveria mais estragos à população. “Tem muitas pessoas que estacionam os carros por ali. Não daria tempo de tirar”, afirma. Um grupo de moradores organizou o movimento “Ação pelo Valão” e cobra iniciativas para melhorar a infraestrutura e drenagem da rua.

“É lamentável que passados mais de quatro anos tenhamos de falar de novo sobre isso. Os alagamentos são recorrentes. Não adianta criar projetos bonitos, lindos, e não resolver o básico para a população.”

O empresário solicita que o poder público invista em melhorias na drenagem e nas bocas de lobo para evitar novos fatos como o de terça-feira. “É uma rua muito movimentada. Uma das entradas e saídas de Lajeado. Precisamos de uma decisão cabível e concreta para mudanças aqui.”


Avenida Décio Martins Costa. Crédito: Reprodução

Levantamento de avarias

Cinco equipes do Executivo municipal visitaram diversos pontos durante o dia de ontem onde foram constatados alagamentos.

Houve desmoronamento de calçadas, pavimentos, tanto de paralelepípedo quanto de asfalto, e avarias em bocas de lobo.

Locais:
Av. Décio Martins Costa

Av. Beira Rio

Rua Leonardo Theobaldo Hauschild

Av. Benjamin Constant (entre os bairros Moinhos D’Água e Bom Pastor)

Rua Alberto Torres. Crédito: Reprodução

Av. Sete de Setembro

Rua Arnaldo Altmayer

Rua Idalina da Silva

Rua Miguel Tostes

Rua Alberto Torres

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