Raquel Schwambach, diretora financeira e sócia da BrasRede
Fundada em 2001, a BrasRede é, hoje, uma das principais operadoras de internet do Vale do Taquari. Com sede em Arroio do Meio, atua também em outros nove municípios da região. Uma trajetória moldada na busca constante pela excelência, seja na prestação dos serviços ou no atendimento aos clientes.
Além da internet, a BrasRede também oferta serviços como TV a cabo e telefonia fixa que visam atender às necessidades da clientela regional e dos seus negócios. Detalhes do funcionamento da empresa foram abordados em “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Sócia e diretora financeira, Raquel Schwambach foi a convidada.
Natural de Ibirubá, na região do Alto Jacuí, Raquel está no Vale há mais de três décadas. Iniciou sua vida profissional na Caixa Econômica Federal, como estagiária. Lá, começou a se destacar na área financeira. “Tinha 16 anos e fui direto fazer crédito pessoal e habitacional. Meu contrato com o CIEE era só de um ano, mas o gerente gostou tanto da minha eficiência que pagou do próprio bolso mais um salário para mim”, recorda.
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Depois da atuação na Caixa, Raquel trabalhou na Cotribá, uma das maiores cooperativas agropecuárias do RS. Por fim, mudou-se para Arroio do Meio, onde trabalhou por mais de duas décadas no Curtume Aimoré. Em 2005, aceitou o desafio de atuar na BrasRede, uma empresa ainda pequena, a convite do fundador.
ENTREVISTA – Raquel Schwambach • diretora financeira e sócia da BrasRede
“Gosto de me aperfeiçoar. Quem parou, envelheceu”
Rogério Wink: Como foi a tua formação?
Raquel Schwambach: Fiz o técnico em contabilidade, depois cursei economia e administração. Aí parei para vir ao Vale. Sempre gostei muito desse ramo financeiro e são três cursos que se completam. E hoje continuo estudando, nunca saí dessa vida. Onde tem um curso que acho interessante para minha área, eu faço. Gosto de me aperfeiçoar. Quem parou, envelheceu. E isso soma com o ramo de negócios que nós temos. A gente precisa se manter jovem para todas as novidades.
Wink: Quem te inspira?
Raquel: Meu pai. Ele tem 88 anos, ainda dirige e negocia. Minha mãe faleceu aos 74, mas também negociava. Isso está na veia da nossa família. E o fazer a diferença no mercado me inspira. Eu amo o que faço.
Wink: E como foi tua chegada à BrasRede?
Raquel: Foi justamente pelo meu trabalho no curtume. Eu entro no negócio em 2005. Do outro lado do balcão, eu era a cliente mais chata que tinha (risos). Até o dia em que decidi aceitar o desafio. Tinha muito conhecimento dessa parte de gestão, do financeiro. Na época, era uma empresa de um homem só, com uma secretária.
Wink: Como foi o surgimento da BrasRede?
Raquel: Ela nasceu com a internet discada, em 2001. Era por linha telefônica, analógica, que caía numa central e te conectava. Ela existiu até 2004 dessa forma. Só assim se tinha internet em Arroio do Meio. O sinal primeiro vinha da Embratel e depois da Oi. Aí as empresas telefônicas também entraram nesse mercado.
Wink: A BrasRede nasceu no Centro de Arroio do Meio. Qual era o público-alvo no começo?
Raquel: Era algo misto. Tinham as empresas e também o usuário residencial. Depois, em 2005, começamos a oferecer no interior de Arroio do Meio, em Forqueta. O sinal saía da Matriz, no Centro, era jogado para o Morro e depois para a localidade. A comunidade começou a ter contato e mais pessoas queriam usufruir dessa tecnologia.
Wink: Quando a empresa nasceu, onde vocês encontraram os profissionais necessários?
Raquel: O seu Vasconcelos (fundador) treinou todos. As pessoas que começaram conosco estão lá até hoje. Ele nos fazia estudar livros enormes e percebeu que isso faria a diferença no futuro da empresa. Hoje essas pessoas são gestores, diretores, responsáveis por setores. E eles passam isso para os funcionários mais novos. Temos uma equipe bastante unida.
Wink: E a internet por fibra óptica? Mudou muita coisa?
Raquel: Ela tranquilizou. Teve noites onde não dormíamos. Nos revezávamos em algumas situações. A fibra chegou em 2014, 2015, mas não era muito viável financeiramente no início. Em 2018, quando surgiram mais fornecedores, é que se tornou viável. É algo ainda recente para a nossa realidade.
Wink: Como foi a entrada em Lajeado?
Raquel: Foi por via rádio, em 2010, atendendo uma demanda que não era bem atendida. Começamos pelos bairros. O primeiro foi o Jardim do Cedro. Depois, Bom Pastor. Fizemos de fora para dentro, pois tínhamos que nos tornar conhecidos e valorizar aquela classe que precisava de internet e não tinha. Ali, vimos um futuro para a empresa e aprendemos a concorrer.
Wink: Qual o grande diferencial que segurou e fidelizou a clientela?
Raquel: Sem dúvidas, a nossa capacidade de atender com rapidez. Atendemos 24 horas por dia desde a época em que era só o Vasconcelos. Eu atendi o telefone por 11 anos, fazia isso nos sábados e domingos também. Depois a empresa foi crescendo. Hoje temos excelência em atendimento. Mas podemos melhorar cada vez mais.
