O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou na última semana a taxa Selic, juros básicos da economia, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). A autoridade monetária manteve, no início do mês, a taxa básica em 13,75% ao ano.
Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta quarta-feira, 15, o tesoureiro e economista do Sicredi, Pedro Ramos afirma: “os países que têm melhor desempenho econômico são os com o BC desvinculado do governo.” Exemplo disso são os Estados Unidos, detentores da mais sólida economia do mundo.
Para Ramos, é natural Lula criticar o BC, porque vai querer o maior número de investimentos em seu governo. E a taxa de juros é o melhor instrumento para conter a inflação. “Esta é uma tendência mundial. A maioria dos países estão fazendo devido à crise causada pela pandemia e a guerra na Ucrânia.”
Com os juros altos é possível segurar a inflação. No entanto, a curto prazo, ocorre a desaceleração da economia, os investimentos são menores, o consumo diminui e a taxa de desemprego sobe.
Ramos avalia que os principais geradores de investimento são ações de longo prazo, como segurança jurídica, contas públicas ajustadas e a qualificada educação da população.
A previsão dos especialistas é de que até o fim do ano a Selic apresente queda de um ponto percentual, e feche em 12,75%.
