Mais de 30 famílias atendidas pela Associação Marinês, no Santo Antônio, se encontram em situação de extrema pobreza. O desemprego e o aumento no custo de vida são alguns fatores para o aumento da vulnerabilidade social no bairro. Diante da realidade, instituição pede ajuda comunitária para suprir necessidades básicas dos atendidos.
De acordo com a assistente social e voluntária da ONG, Carine Bagestan, os atendidos pela associação são famílias da periferia da cidade. Entre as principais demandas do dia a dia, além do alimento, está o gás, itens de higiene, gastos com transporte, saúde, energia e aluguel.
“Esse contexto também está muito ligado à recente pandemia que passamos”, destaca Carine. Outra agravante do aumento da vulnerabilidade social é o corte de verbas direcionadas às políticas públicas como assistência social, saúde e educação.
A voluntária diz perceber, dentro da associação, os reflexos dessas demandas, uma vez que as necessidades das famílias aumentaram e o número de doações diminuiu. “Nossa maior dificuldade enquanto associação é com recurso financeiro, para podermos continuar desenvolvendo os projetos e auxiliando as famílias”, destaca Carine. A associação já teve 300 famílias associadas. Hoje, são 180.
A associação
Mais do que suprir as necessidades básicas das famílias, o principal objetivo da associação é a emancipação dos atendidos, com suporte e ferramentas para que elas possam superar as dificuldades. Além disso, a instituição busca gerar empoderamento e autonomia familiar por meio da transformação e desenvolvimento social.
Hoje, a ONG possui dois projetos ativos. Entre eles, o Move Mães, que serve como uma rede de apoio para as famílias, mães e suas crianças. Para isso, são feitas ações educacionais de conscientização, prevenção e suporte relacionadas a temas sobre maternidade, família, infância, saúde, educação, direitos humanos e sociais, atenção emocional e psicossocial.
Outra iniciativa é o Capacete Rosa, que capacita mulheres para o trabalho na área da construção civil. O curso iniciou no ano passado e conta com aulas teóricas e práticas, totalizando 200 horas. O projeto é gratuito e possui, hoje, 20 inscritas. A formatura da primeira turma de mulheres será em maio deste ano, na Univates.
Ajuda para Yasmin
Parte da associação, uma das famílias também pede a doação de alimentos para a filha Yasmin, de 4 anos, que vai passar por cirurgia. A menina possui um problema em estágio quatro nas amígdalas e adenoide, e apresenta dificuldades para comer e respirar. No pós-operatório, a criança só poderá consumir alimentos líquidos e gelados, como iogurte, purê frio, leite, entre outros. As doações podem ser feitas para a Associação Marinês.
