Secretários apontam caminhos para uma cidade melhor às crianças

NOSSOS FILHOS

Secretários apontam caminhos para uma cidade melhor às crianças

Debate na Rádio A Hora abordou perspectivas para o futuro nas áreas da Educação, Saúde e Lazer, na ótica do desenvolvimento infantil. Investimentos e qualificação estão entre as ações projetadas

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Secretários apontam caminhos para uma cidade melhor às crianças
Titulares de três secretarias foram os convidados da edição de quinta do programa Nossos Filhos. Crédito: Luisa Huber
Lajeado
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Olhar a longo prazo e projetar o futuro de uma cidade é uma das principais tarefas do poder público. Garantir que as crianças tenham acesso a serviços de qualidade, bem como a espaços saudáveis para o lazer e à prática de atividades físicas estão entre os desafios para os gestores de hoje e também dos próximos anos.

O futuro de Lajeado para as crianças foi o tema da edição de quinta-feira, 2, de “Nossos Filhos”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Três secretários municipais destacaram o que se projeta para suas respectivas áreas de atuação: Adriana Vettorello (Educação), Carlos Reckziegel (Cultura, Esporte e Lazer) e Cláudio Klein (Saúde).

Pela divulgação prévia dos dados do Censo 2022, o município chegou a 97 mil habitantes no ano passado, um acréscimo de 26 mil nos últimos 12 anos. Entre os novos moradores, estão muitas crianças, que chegam acompanhadas dos pais em busca de uma nova vida.

Gargalos na educação

Muitas famílias que chegam a Lajeado buscam vagas nas escolas para os filhos. Por isso, a demanda é crescente e a lista de espera, na educação infantil, é algo que não vai deixar de existir, conforme Adriana. “Embora se façam bons investimentos, houve sim um crescimento nos últimos anos. Ao mesmo tempo em que encaminhamos alunos, abrimos o período de inscrições”, pontua.

Para fazer frente a esse aumento, investimentos em escolas já existentes buscam qualificar o atendimento, assim como a construção de novas unidades. Além disso, o novo documento norteador da educação infantil, que debate a aprendizagem das crianças, é uma forma de preparar a cidade para o futuro.

“A criança precisa do espaço, do brincar, do interagir, do conhecer e do vincular-se. Tudo isso num desenvolvimento saudável na escola”, salienta Adriana, que revela ter recebido, recentemente, a visita de uma senhora que estava de mudança para Lajeado. “Nós sabemos que o pessoal vem. E nós precisamos nos preparar. Mapeamos a demanda para conseguirmos atender”.

Desafios na saúde

O crescimento populacional pegou o município de surpresa. E isso, conforme Klein, explica um pouco a alta no número de atendimentos na rede de saúde no ano passado. “Nós trabalhávamos com dados na faixa dos 85 mil, 90 mil. Mas aí veio essa informação. Talvez isso justifique os números a mais que aparecem em demandas, sobretudo na área de urgência relativa”, argumenta.

Para conseguir dar conta da demanda crescente, Klein entende que, num médio prazo, Lajeado necessite de uma segunda Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para qualificar o serviço. Também entende que é necessário o fortalecimento em atenção básica, pois o vínculo das pessoas é prioridade.

“Todos gostam de trabalhar um atendimento mais rápido, mas do ponto de vista da ciência, é menos resolutivo. Se um pai leva uma criança febril e ela não é adequadamente avaliada ou examinada, acaba retornando. E isso sobrecarrega muito o serviço. Um atendimento que resulta em mais três, quatro consultas em duas semanas”.

Trabalho conjunto

A área de cultura, esporte e lazer, segundo Reckziegel, tem importante ligação com as demais secretarias do município. A interação é fundamental para a oferta de melhores serviços às crianças. Cita o exemplo da Feira do Livro, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Educação e o Sesc.

“É um evento muito importante que fazemos todos os anos, onde as crianças são protagonistas. Trabalhamos cada vez mais para tornar a feira pujante, além de incentivar os alunos a lerem e a buscarem conhecimento”, frisa.

Na área de lazer, Reckziegel destaca que, na pandemia, se acentuou ainda mais a necessidade da criação de mais espaços às crianças. “O caminho é esse. Precisamos possibilitar que, nesse local, elas vão praticar um esporte, vão se divertir e interagir”.

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