“Canadá proporcionou experiências incríveis”

ABRE ASPAS

“Canadá proporcionou experiências incríveis”

Selecionado em programa de bolsas de estudo do governo do Canadá, Calebe Fernando Juchem, 25, retornou para Lajeado após quatro meses de troca de conhecimento. A qualificação na área de liderança proporcionou aperfeiçoamento de suas habilidades na biomedicina. Agora, se dedica a pesquisas e em breve deve iniciar o doutorado.

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“Canadá proporcionou experiências incríveis”
Crédito: Arquivo Pessoal
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Como surgiu a oportunidade de fazer o intercâmbio no Canadá e por quanto tempo permaneceu lá?

Durante o mestrado participei de um processo seletivo do governo canadense por meio do Programa Líderes Emergentes das Américas (Elap), que leva em conta a atividade de liderança. Quando recebi o resultado foi um misto de emoções, pois sempre foi um grande sonho ter essa experiência internacional, porém nunca havia tido condições para custear toda a viagem. Ter um programa do governo canadense que custeia alunos de fora para estudar lá, é incrível demais, a bolsa é ótima e dá conta de praticamente todos os custos do estudante.

Quais foram os maiores desafios e qual o aprendizado?

Viajar sozinho para outro país, sem dúvida, foi o maior desafio. Não conhecia ninguém e nem o que encontraria lá. Fiquei longe da família e amigos, como nunca antes. Além disso, outro idioma e culturas. Teve ainda a situação do frio. Vivenciei temperaturas negativas na faixa de -30°C.

Fiquei na Concórdia University of Edmonton na província de Alberta, cidade de Edmonton, muito próximo ao Polo Norte. Até para atividades simples, a exemplo de fazer compras, ou pagar ônibus, era necessário planejamento e se agasalhar muito bem para sobreviver em meio ao frio e espessa camada de neve. Tudo isso superado pelo desejo em aprender e me qualificar.

Qual é o sentimento em atuar na área da biomedicina?

É um sentimento de apoiar o rápido diagnóstico de doenças. Pois o biomédico atua no âmbito clínico-laboratorial. Sem um biomédico, o médico apenas suspeitaria de uma patologia. O que dá certeza para o médico realizar o diagnóstico é justamente através de todos os exames que o biomédico realiza. Em vista disso, o biomédico é um profissional extremamente importante e crucial para o diagnóstico de doenças, mas muitas vezes acaba sendo esquecido atrás das cortinas da bancada de um laboratório.

De volta ao Brasil, quais os projetos futuros?

Sempre gostei muito da área de biologia e da área da saúde, então descobri a Biomedicina, um curso que fica no intermédio das duas áreas. Mês passado finalizei meu mestrado em Ciências Médicas e agora pretendo atuar na área acadêmica voltada à pesquisa. Outro objetivo para breve é o doutorado.

A pandemia trouxe uma demanda maior na área da biomedicina?

Com certeza, acredito que durante a pandemia, a biomedicina ficou mais conhecida em vista do importante trabalho realizado no processamento do exame de biologia molecular, a RT-PCR que é o método padrão ouro para o diagnóstico do vírus causador da covid. Posso citar a biomédica Jaqueline Goes de Jesus que fez parte da equipe que mapeou os primeiros genomas do novo coronavírus no Brasil em apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de covid no país. A média no resto do mundo para esse mapeamento foi de 15 dias. Demonstrando o ágil trabalho da área biomédica para o enfrentamento e controle da doença.

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