Não podemos repetir os erros de 2022

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Não podemos repetir os erros de 2022

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A Vale do Taquari reabriu nesta semana, com o governo estadual, o debate sobre a concessão das rodovias estaduais que compreendem a região. Passado o turbulento 2022, e com ele o racha na Amvat e a posterior suspensão do processo de leilão por parte do Piratini – por causa do desgaste eleitoral – , é hora de nossos líderes serem estratégicos e assertivos.

Estratégicos no sentido de pensar nos próximos 30 anos e cobrar um projeto capaz de atender nosso crescimento. Assertivos no sentido de unificarem discursos. Amvat, Amat, CIC, Codevat, Avat, enfim, todos, precisam deixar vaidades e egos de lado para atentar única e exclusivamente ao projeto de região. Ainda que cada cidade tenha interesses específicos e pontuais, estes não podem se sobrepor ao ganho coletivo.

Não adianta o projeto ser bom para Lajeado, se é péssimo para Encantado, ou vice-versa. O Grupo de Trabalho a ser criado precisa ter representantes de todas as entidades que formam o núcleo duro do Vale. E dele, devem sair os posicionamentos que serão levados ao governo estadual. O desarranjo regional flagrado no ano passado precisa servir de lição para acertarmos os ponteiros nesta nova oportunidade que temos em interferir no Plano de Concessões.

O free flow surge como grande trunfo para acabarmos com as perversas praças de pedágio em Cruzeiro do Sul e Encantado. O modelo de cobranças por quilometragem rodada já está em vigor em rodovia em São Paulo, coincidentemente administrada pela CCR Via Sul, concessionária responsável pela BR-386.

Que possamos ter sabedoria, sensibilidade e empatia para analisar todos os lados, ouvir todas as partes, mas mantermos unidade ao sentar na mesa do secretário Pedro Capeluppi e do governador Eduardo Leite. Do contrário, o Estado “enfiará goela abaixo” e ao seu bel-prazer, o projeto de concessão que mais lhe convier.

Região tem nova chance para resolver impasse no pedágio de Encantado e restabelecer novo cenário à região alta. Crédito: Divulgação


Airton Artus (Foto: Rodrigo Gallas / Arquivo / Grupo A Hora)

Artus “adota” o Vale

O ex-prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus (PDT), assumiu esta semana uma das 55 cadeiras na Assembleia Legislativa. Eleito como primeiro suplente, Artus – médico de formação – surge como principal nome para levar ao parlamento as demandas do Vale do Taquari.

O próprio deputado já manifestou o interesse em “adotar” o Vale, ainda mais num momento em que Venâncio Aires se mobiliza para construir aproximação cada vez maior com a região. Artus conhece bem a Vale, tem boa percepção sobre a macroeconomia que nos forma e pode ser voz forte no parlamento gaúcho a favor das causas locais.

Diante do interesse de querer representar o Vale na Assembleia, resta aos líderes políticos e de entidades classistas da região incluir seu nome no rol de estrategistas para sentar à mesma mesa e definir os rumos regionais. Afinal, como ficamos órfãos outra vez no parlamento estadual e federal, precisamos buscar forças políticas fora daqui. Artus é o caso mais próximo.


Mudança no governo Caumo

Conforme antecipamos, com exclusividade, neste espaço faz três semanas, Giancarlo Bervian deixará a Secretaria do Planejamento, Urbanismo e Mobilidade de Lajeado. A grande marca que o arquiteto deixa na Seplan é o Parque Ney Santos Arruda, cujo espaço é a nova sensação da cidade. Por outro lado, ele sai sem conseguir simplificar a legislação e destravar os engodos que continuam deixando morosos e demorados as liberações de projetos de edificações maiores na cidade. A não ser que até abril o processo seja alterado.

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