“Nosso diferencial é o contato direto com o cliente”

O MEU NEGÓCIO

“Nosso diferencial é o contato direto com o cliente”

Criada a partir de uma oportunidade de negócio, a Lajeaço se consolidou e, em quase duas décadas, se tornou referência do setor no Vale do Taquari. Fundador relembra trajetória e experiência de representante comercial em fumageira

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“Nosso diferencial é o contato direto com o cliente”
Alan (e) e o pai Altevir: trajetória da Lajeaço foi narrada no programa O Meu Negócio dessa segunda-feira. Crédito: Mateus Souza
Lajeado
Gustavo Adolfo 2 - Lateral vertical - Final vertical

Depois de uma jornada de quase 25 anos dentro de uma multinacional, o desafio de empreender. Tocar o próprio negócio era algo que Altevir Giovanella sonhava desde cedo. Mas esperou o momento certo para a ideia prosperar. Hoje, com quase 19 anos de existência, a Lajeaço está mais do que consolidada no mercado de tubos e chapas.

Com uma gama variada de clientes, a Lajeaço atende clientes de áreas como implementos rodoviários, agrícolas, tornearias, marcenarias e até publicidade visual. A trajetória da empresa foi destacada na edição dessa segunda-feira, 30, em “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora.

Giovanella toca a empresa ao lado dos filhos Alan – que também participou da entrevista – e Elen, que estão cada vez mais à frente do negócio. Juntos, ajudaram a Lajeaço a se tornar referência regional no setor. A localização privilegiada, com sede às margens da ERS-130, no bairro Campestre, também é um diferencial.

Natural de Lajeado, Giovanella cresceu em Lajeado. Desenvolveu fortes vínculos com o bairro São Cristóvão e até hoje mantém envolvimento com a paróquia local. “Nós acompanhamos todo o crescimento e desenvolvimento do bairro. Minha mãe, até hoje, está firme e forte no São Cristóvão, morando no mesmo lugar há quase 60 anos”, comenta.


ENTREVISTA –  Altevir Giovanella e Alan Giovanella • sócios da Lajeaço

“Se você olhar no seu ambiente, tem aço em tudo”

Rogério Wink: Você trabalhou por muitos anos na Souza Cruz. No que essa experiência te agregou?

Altevir Giovanella: Comecei a atuar em 1979 e fiquei até 2003. Peguei o tempo onde vinha fumo para Lajeado, no local onde hoje tem o Desco e o McDonald’s. A chaminé ainda está por lá. A empresa basicamente me ensinou o que eu sei hoje. Por que? Empresa de ponta exige muito do funcionário, mas dá condição a ele também. Ela me abriu muito a cabeça. Tinha excelência em todos os sentidos.

Wink: Quando teu pai fala nessas histórias, dá para imaginar a importância que isso teve para a Lajeaço?

Alan Giovanella: Com certeza. Sempre digo que meu pai até hoje é o meu professor. Eu entrei na empresa com 16 anos, foi a primeira experiência no mercado. Era eu, o pai e mais um primo. Atuava na parte de estoque e botava a mão na massa. Mas trabalhava meio turno no início, e de tarde jogava uma bola. Tinha uns arregos (risos).

Wink: E como foi a entrada definitiva no negócio?

Alan: Aos poucos, a empresa foi crescendo e eu recebi o chamado para entrar de cabeça no negócio. Investimos bastante, nosso estoque ficou maior, conseguimos novos clientes e mais notoriedade. Ali eu comecei a ver a coisa diferente. O processo de entrar na empresa era natural, mas foi nesse momento que “encaixou”.

Wink: Como foi a entrada da outra filha na empresa?

Altevir: A Elen tem formação em nutrição, tinha consultório e fazia também tabelas nutricionais para empresas. Mas não estava muito satisfeita com aquilo e nós precisávamos de alguém. Falei com o Alan e pensamos: vamos convidar ela, para meio turno. Em pouco tempo, com a empresa crescendo, necessitávamos de mais uma pessoa. Oferecemos para ela a oportunidade de atuar o dia inteiro e acabou aceitando. Trabalhamos em perfeita harmonia.

Wink: Altevir, qual o teu papel no negócio?

Altevir: Eu tenho origem como homem de vendas, isso ainda está na veia. Puxo a frente, pois gosto de ter contato com o nosso cliente.

Wink: Esse estilo de conversa, em estabelecer um contato próximo com o cliente, é um diferencial?

Altevir: Sem dúvidas. Nós somos uma empresa pequena. Brigamos com gigantes, que vem de fora e batem aqui. Então precisamos de um diferencial. O nosso é esse: ter contato direto com o cliente e agilidade na entrega. O que eles, as vezes, levam três, quatro dias ou uma semana para resolver, nós fazemos de imediato.

Wink: Em que cenário nasce a Lajeaço?

Altevir: Foi uma oportunidade de negócio. Eu saí da Souza Cruz e fui vender medicamentos, mas não me achei. Não gostava daquilo. Aí, numa conversa com o meu cunhado, surgiu a ideia de abrir um negócio em cima do aço, com material de segunda linha. Eu não estava gostando do meu trabalho, mesmo sendo profissional de vendas. Então, sem conhecer nada, analisamos e começamos a tocar o negócio.

Wink: O que era um aço de segunda linha?

Alan: Toda indústria gera perdas. A medida padrão do aço é seis metros. Aí chega lá, no final, com cinco, quatro metros. Era o mesmo aço, porém, uma sobra. Havia detalhes que faziam as indústrias descartarem. Vimos ali um nicho de mercado.

Wink: Quais eram os empecilhos no início?

Altevir: A reposição. O tubo de aço tem muitos tipos, bitolas, espessuras, por exemplo. Só que não tinha continuidade, e isso gerava problema. Então partimos para a linha de primeira. Essa arrancada foi importante para nós. Hoje, nossa linha tem mais de 900 itens. Se você olhar no seu ambiente, tem aço em tudo. É desde parafuso, chapas, móveis. Tudo tem aço. A diversidade é muito grande.

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