Qual foi a trajetória após a ordenação?
Fui ordenado em 30 de dezembro de 1983 na paróquia Santo Inácio de Loyola de Lajeado. Após a ordenação assumi algumas funções dentro da diocese de Santa Cruz do Sul. Iniciei minha vida sacerdotal na paróquia Santa Bárbara de Encruzilhada do Sul. Ao longo dos anos passei por outras paróquia como a de Monte Alverne e Santo Antônio em Santa Cruz, assumi coordenações dentro da diocese, reitoria do Seminário Propedêutico e trabalhos na paróquia São João Batista de Vespasiano Corrêa, São João Batista de Santa Cruz, Nossa Senhora da Candelária e antes de chegar em Santa Clara do Sul, estive na paróquia Nossa Senhora da Glória em Sinimbu.
Por qual motivo ingressou na vida sacerdotal?
É uma caminhada de quase 40 anos. A vocação não é e não foi escolhida, ela brota do íntimo de Deus e ele que faz o chamado especial para servir à comunidade. O meu desafio é levar o evangelho para conhecimento das pessoas. Diante disso, devemos buscar a preparação e o compromisso de efetuar evangelização.
O que mudou na igreja de 40 anos para cá?
Se olho para trás, vejo que começamos em um cenário pronto e diferente. Existia expectativa maior no despertar vocacional e na vivência cristã na sociedade. As mudanças aconteceram, não por culpa da igreja, mas sim pela influência do mundo que acabou repercutindo na vida cotidiana. Mas o nosso papel nunca mudou, temos que ser iluminadores do povo para que possam seguir o caminho de Jesus Cristo, o caminho da Salvação.
Quais os desafios dentro da paróquia?
Sem dúvidas, há um desafio e necessidade forte de formar novas lideranças nas comunidades e na igreja. Hoje é notável a falta de disponibilidade das pessoas em servir à comunidade. Nessa parte sentimos que há um grande desafio, mas mesmo assim seguimos em sintonia com a diocese e seguimos um plano e projeto de execução dentro da paróquia.
Que mensagem o senhor deixa após esses quase 40 anos de sacerdócio?
A cultura vocacional precisa ser promovida dentro das comunidades, na igreja e na sociedade com ambientes favoráveis, seja para o sacerdócio ou para outra área. O desafio hoje é trabalhar a consciência dos cristãos para que despertem o compromisso vocacional, não apenas para igreja, mas para a vida e sociedade. Precisamos fortalecer a nossa sintonia com Deus para viver melhor a nossa vida com mais alegria e esperança. A paz e felicidade do homem depende do amor de Deus.
