Capitão teme falta de água e alerta para racionamento

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Capitão teme falta de água e alerta para racionamento

Nível de arroios e nascentes preocupam e podem comprometer o abastecimento no interior

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Atualizado sábado,
28 de Janeiro de 2023 às 13:16

Capitão teme falta de água e alerta para racionamento
Escassez de chuva reduz disponibilidade de água nas propriedades. Crédito: Divulgação
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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Evitar o uso de água e economizar. É isso que pede o governo municipal e associações de água neste período de escassez de chuvas. O temor é que o baixo nível de poços e reservatórios causem o racionamento no abastecimento.

O município desde o mês de dezembro tem realizado o transporte de água até as comunidades para o consumo animal, as mais atingidas é São Luiz, São Domingos e São Jacó. De acordo com o secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Márcio André da Costa, em todas as localidades é possível ver que muitos córregos e nascentes deixaram de correr por causa do calor.

Uma forma de suprir a necessidade dos produtores é fazer a captação de água com tanques e tratores em açudes, porém o nível destes locais também preocupa. A situação enfrentada motivou o município a decretar situação de emergência. “Reforçamos a importância do uso racional da água e pedimos a compreensão dos moradores”, explica Márcio.

Hoje todas as redes e pontos de captação são administrados pelo governo municipal. A recomendação é que se evite a utilização da água em casos como lavagem de carros, irrigação de jardins e calçadas.  Na agricultura outro prejuízo é com as perdas nas lavouras de milho e na atividade de bovinocultura de leite, além da pouca vazão de arroios que cortam o município como o São Jacó e o Arroio Capitão.

Novo poço

Em dezembro, um novo poço artesiano foi perfurado em São Luiz, próximo a propriedade da família Gerhardt. O poço conta com 250 metros de profundidade e possui vazão suficiente para atender famílias daquela comunidade.

O projeto está em fase de andamento. Além da perfuração envolve a aquisição de uma bomba de captação, canos, cercamento. O investimento supera os R$ 70 mil, recurso encaminhado em convênio entre município e Secretaria de Obras e Habitação do Estado.

Em 2022, os prejuízos estimados em levantamentos da Emater apontaram prejuízo de R$ 12 milhões e cerca de 10 produtores precisaram ser atendidos com transporte de água potável. Pelo menos 50 mil litros eram transportados por caminhões terceirizados todos os dias nas comunidades de São Jacó, Linha Zanotelli e Picada São Paulo.

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