“O voluntariado é uma das formas  mais potentes de mudar o mundo”

ABRE ASPAS

“O voluntariado é uma das formas mais potentes de mudar o mundo”

Lidiane Musselin, 25, é estudante de psicologia e embarcou ontem, 26, para a Bahia, onde vai participar do Projeto Rondon. A iniciativa envolve a participação voluntária de estudantes universitários com o propósito de contribuir para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes.

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“O voluntariado é uma das formas  mais potentes de mudar o mundo”
Crédito: Arquivo Pessoal

Como você conheceu o Projeto Rondon?

Conheci o Rondon através das divulgações da coordenação do curso. Sou acadêmica de psicologia e quando abriram as inscrições, fomos avisados. Então fui pesquisar mais sobre e me interessei muito em participar. A primeira vez que ouvi falar foi em 2020. A Operação era para ter acontecido em julho daquele ano, mas não foi possível devido a pandemia. Em 2022, quando recebi a notícia de que o Rondon aconteceria em janeiro de 2023, logo me inscrevi e me dediquei ao máximo para passar na seleção.

Para qual cidade você está embarcando e quantos dias vocês ficam lá?

Nós vamos para Serra Preta, na Bahia. A cidade fica há uns 170km de Salvador. Lá, ficaremos cerca de 13 dias. Mas quando desembarcamos em Salvador, iremos direto à Feira de Santana, onde vamos ficar no 35º Batalhão de Infantaria para a cerimônia de abertura do Rondon. Lá vamos conhecer a equipe de estudantes da Universidade de São Paulo (USP), que também irá para Serra Preta. Vamos compartilhar com eles as atividades desenvolvidas na cidade.

Como foi a preparação até o dia da viagem?

Desde o dia da seleção até um dia antes de embarcarmos, passamos por muitos momentos de organização. A preparação durou cerca de 3 meses. Iniciamos estudando um pouco sobre Serra Preta, os costumes, a cultura e tudo que poderia nos ajudar a construir as oficinas que vamos ministrar na comunidade. Então passamos para a divisão das atividades e para a preparação de cada oficina, sempre pensando em todos os detalhes possíveis para que seja feito da melhor forma.

O que te motivou a participar do projeto?

Eu sou bolsista de extensão da Univates há 6 anos. Neste tempo, aprendi muito sobre a importância do voluntariado na vida das pessoas, tanto para quem recebe os serviços quanto para quem presta. Pessoalmente, acredito que o voluntariado seja uma das formas mais potentes de mudar o mundo. O Rondon é uma baita oportunidade para praticar o voluntariado em uma realidade totalmente diferente da que estou inserida e é isso que me motiva.

Quero poder ajudar as pessoas da melhor forma possível, mas também sei que estando em um lugar totalmente novo, vou poder sair da minha zona de conforto e aprender muito com a comunidade. Entender a realidade do outro para conseguir contribuir de alguma forma é algo que já faz parte do meu trabalho como bolsista aqui na comunidade de Lajeado, e poder expandir essa prática para outra cultura me deixa muito feliz e entusiasmada para aprender cada vez mais.

Como você acha que o Rondon pode contribuir para sua formação profissional?

O projeto com certeza vai contribuir para que meu olhar sobre meus futuros pacientes vá além do que está sendo dito. Como futura psicóloga, quero poder expandir minha prática tendo a capacidade de analisar, entender e acolher o contexto em que o sujeito está inserido para que meu atendimento com ele possa proporcionar maior qualidade de vida como um todo, e não somente focado em um aspecto. O Rondon vai me permitir praticar esse olhar ampliado, e é essa a forma com a qual pretendo trabalhar quando for exercer a Psicologia.

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