Em torno de 15 moradores do bairro Americano se reuniram no fim da tarde de ontem na Praça João Zart Sobrinho (Papai Noel) em busca de uma solução para a perturbação do sossego na região. O grupo reclama dos recorrentes casos de aglomerações de jovens à noite, sobretudo, no trecho entre a Avenida Alberto Pasqualini e uma casa noturna.
Conforme o presidente da Associação de Moradores, Adair Ruppenthal, um pedido de providências será elaborado com a participação da comunidade e encaminhado ao Executivo, Câmara de Vereadores, Ministério Público e Brigada Militar.
No documento, haverá cobrança de uma solução definitiva dos órgãos públicos, tais como constância na fiscalização e a mudança na legislação. Ou mesmo a criação de normais mais rígidas, com foco nesse tipo de problema. Uma das ideias do dirigente é buscar cases de sucesso em outros municípios e que podem ser adaptados ao contexto lajeadense.
Os participantes assinaram uma lista de presença, que deverá ser anexada à solicitação. Com base nas sugestões colhidas durante o encontro e em um grupo da comunidade no WhatsApp, o relatório será produzido e encaminhado até a próxima segunda-feira, 30. Cerca de 3 mil pessoas vivem na região.
Problema crônico
Entre quinta-feira e fins de semana, o problema se agrava. Os principais apontamentos dizem respeito ao consumo de bebidas alcoólicas, gritaria e som alto dos veículos. Na Praça do Papai Noel, a questão é a quantidade de resíduos deixados por frequentadores durante a madrugada. Devido à sujeira, o espaço fica inutilizável e prejudica o uso pelas crianças.
“O Código de Posturas do Município é mais permissivo do que restritivo. Quanto ao som alto, trata-se de um problema crônico local, pois apenas mudou de endereço ao longo dos anos. Antes ocorriam nos arredores da Univates, São Cristovão e agora voltaram ao Americano E isso acontece, justamente, porque o poder público não desenvolveu ações para resolver o problema”, aponta Ruppenthal.
Diante do cenário, os moradores entendem que os “direitos não são respeitados” e há a sensação crescente de “não ter a quem recorrer”. O presidente da associação lembrou, ainda, que houve uma solicitação junto ao Ministério Público de Lajeado, mas como era fim de ano, ainda não obteve resposta. A situação contribuiu para o novo movimento.