Com tornozeleiras, Justiça libera cinco manifestantes da região

ATOS NA CAPITAL FEDERAL

Com tornozeleiras, Justiça libera cinco manifestantes da região

Envolvidos em atos na capital federal respondem processo em liberdade provisória e com medidas cautelares. Suspeitos estão proibidos de viajar, usar rede social e se comunicar com demais investigados

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Atualizado terça-feira,
24 de Janeiro de 2023 às 08:31

Com tornozeleiras, Justiça libera cinco manifestantes da região
Cinco moradores do Vale estão sob liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica após prisão por atos antidemocráticos. Crédito: divulgação
Vale do Taquari

Dos 12 moradores da região detidos após manifestação em Brasília, cinco foram soltos mediante uso de tornozeleira eletrônica. Um segue preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Outros seis deixaram a superintendência da Polícia Federal ainda durante a triagem.

A decisão da Justiça ocorreu após conclusão de todas as audiências de custódia. Mesmo com liberação preventiva devem seguir medidas cautelares, entre elas a proibição de sair à noite ou viajar. Também estão impedidos de acessarem redes sociais ou se comunicarem com os demais investigados.

A lista dos manifestantes soltos foi divulgada no fim de semana pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape). Diante do elevado número de presos e dificuldades em fornecer informações individuais, a Justiça determinou a atualização dos dados por meio da página oficial do órgão.
Os detidos durante atos na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro, podem responder a pelo menos seis crimes. De acordo com juristas, a pena mínima em caso de condenação deve variar entre 10 e 12 anos.

Além disso, os suspeitos podem ser cobrados pelos danos causados nos prédios públicos. De acordo com o advogado Marcos Zanuzo, a tendência é que o processo se arraste por anos. “Acredito que o pior ainda está por vir.” Ele representa pessoas do Vale detidas em Brasília e viaja à capital federal para acompanhar de perto a tramitação dos casos.

Pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo menos 942 pessoas de diferentes regiões do país vão continuar presas. Conforme mencionado pelo ministro Alexandre de Moraes, o objetivo é a ordem pública e a efetividade das investigações. Ele também ordenou investigações sobre o financiamento das viagens e permanência dos manifestantes no Distrito Federal.

Contratação da viagem

O grupo de manifestantes do Vale do Taquari embarcou em Estrela na madrugada do dia 7. Na licença de viagem enviada à Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) consta como contratante a Associação de Ecologia e Canoagem (Aeca). O presidente da entidade, Marco Edson Carvalho da Silva, nega qualquer pedido de fretamento.

A empresa que fez o transporte até Brasília alegou “erro humano” na emissão da nota fiscal e autorização de viagem. “Já registramos boletim de ocorrência e vamos entrar com processo judicial contra a transportadora. O nome da associação foi vinculado sem qualquer relação com tudo isso que aconteceu”, reforça Silva.

 

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