“Sou industriário de berço e percebi  um potencial nesse segmento”

O MEU NEGÓCIO

“Sou industriário de berço e percebi um potencial nesse segmento”

Proprietário da Disim detalha o surgimento da empresa sediada em Arroio do Meio. Com foco na automação elétrica, se tornou referência no RS e conta com clientes de diversos cantos do país

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“Sou industriário de berço e percebi  um potencial nesse segmento”
Simonetti detalhou o surgimento da empresa e também lembrou da trajetória profissional. Crédito: Deivid Tirp
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Com mais de uma década de história e um grande portfólio de clientes atendidos pelo país, a Disim Soluções em Energia é uma das principais empresas do segmento no RS. Criada em Arroio do Meio, mantém sua sede até hoje no bairro Navegantes, próximo ao rio Taquari, e se destaca com projetos robustos e inovadores.

Dirigida por Diego Simonetti, a Disim é fruto também de uma paixão familiar pelo desenvolvimento de atividades de controle e manutenção. Essa trajetória foi narrada pelo proprietário da empresa em “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora.

Simonetti nasceu em Arroio do Meio, mas os pais vieram de outras cidades do Vale do Taquari. “Meu pai veio de Marques de Souza e se estabeleceu como industriário. Está no Curtume Aimoré há 42 anos e, há 36, é gestor de manutenção. Segue ativo até hoje. A mãe também chegou a trabalhar em indústria, mas depois virou do lar”, recorda.

O ambiente de trabalho do pai teve influência direta no crescimento profissional de Simonetti. “Aquilo me inspirou. Me fez querer trabalhar com serviços de controle, de manutenção, reparo, consertos. Com 14 anos, me inseriu em treinamentos. Fiz curso no Senai, em Lajeado, e com 15 anos tive meu primeiro emprego”, recorda.


Entrevista | Diego Simonetti • proprietário da Disim

“Quem pergunta, aprende. E quem tem vontade, aprende muito mais”

Rogério Wink: Como foi teu começo no mercado de trabalho?

Diego Simonetti: Foi no cargo de serviços-gerais. Comecei assim. Varria, limpava, abria valeta. Um trabalho bem brutal mesmo. Entrei na empresa por indicação do próprio Senai. Eles contrataram eu e um colega. Aos poucos, fui me profissionalizando e progredindo. Tinha muita vontade de aprender. Quem pergunta, aprende. E quem tem vontade, aprende muito mais.

Wink: E a tua formação após o Senai, no que contribuiu para o teu crescimento?

Simonetti: A Univates foi a porta decisiva, pois eu fiz engenharia de controle e automação. Fui da primeira turma. É um curso que nasceu da engenharia elétrica e nós fomos “rato de laboratório”. Fazia, aprendia e voltava. A própria Univates aprendeu bastante. E já trabalhava na época, então tinha contato com a prática.

Wink: Em que momento da tua trajetória nasceu a Disim?

Simonetti: Legalmente falando, foi em 2009. É uma criança ainda. Três anos antes, havia surgido de maneira informal. Sou industriário de berço e percebi um potencial nesse segmento. A região não tinha nada na época. Se falava muito, mas pouco se sabia de fato. Estudei sobre e percebi que o Vale era repleto de oportunidades.

Wink: O que mais te satisfaz no dia a dia da empresa?

Simonetti: Posso dizer que é o operacional, pois eu vim dali. As vezes, até meto o meu bedelho onde não posso. Mas acredito que é importante ter esse conhecimento. Hoje, no meu círculo de negócios, entendo de todos os setores. Não 100%, mas participo e sei como envolvê-los.

Wink: A Girando Sol é uma das principais clientes de vocês. Como foi o trabalho com eles?

Simonetti: A Girando Sol é uma parceira de longa data e o desafio era de montar toda a fábrica. Fizemos aquilo do zero. É uma fábrica referência e, sem dúvidas, um dos maiores desafios da gente. Foi um baita ponto de referência. Depois pegamos boa parte das indústrias do Vale, como a BRF. Florestal, a Minuano, entre outras.

Wink: Você fez serviços para a Arena do Grêmio. Como eles te encontraram?

Simonetti: Tem a ver com a própria Girando Sol. Quando pintou a obra, a empresa responsável buscou parceiros e nós fomos subcontratados. Fizemos a parte elétrica. Foi um corre danado, com prazos, mas foi uma obra bem curiosa. Um aprendizado gigante.

Wink: Que tipo de estrutura precisa para oferecer esse tipo de serviço?

Simonetti: Partimos do princípio de ter uma boa engenharia, um bom escritório interno com o pessoal de RH, pois temos muita mão de obra, e também um bom setor operacional. É uma estrutura de 60 a 70 pessoas no nosso corpo ativo, fora o que subcontratamos em obras maiores.

Wink: De que forma ocorrem as obras em lugares distantes?

Simonetti: Hoje temos trabalhos na Bahia, no Ceará, em Minas Gerais, Rondônia e São Paulo. Basicamente são de indústrias e plantas novas. Isso demanda muita mão de obra. Então mando uma parte do meu pessoal para essas obras e, se houver necessidade, contratamos gente local. E não está fácil encontrar.

Wink: Como você chegou nos projetos de energia fotovoltaica?

Simonetti: Por um acidente de percurso. Estava no segmento de elétrica e aí tive um vendedor que foi num cliente. Conversou com ele sobre isso e veio cheio de ideias. Eu não conhecia muito a respeito, então fomos atrás. Os primeiros clientes foram nossos parentes. Isso há sete, oito anos. Fomos pioneiros na parte do agro na região. A maior concentração avícola no Vale hoje é em Nova Bréscia e Coqueiro Baixo, e nós fizemos 90% dos projetos ali.

Wink: Qual a diferença para a automação elétrica?

Simonetti: A estrutura operacional é mais enxuta. E costumo dizer que um projeto fotovoltaico é um crtl C + crtl V. Só muda a característica da potência. Mas a base de projeto é a mesma. Na automação, todo projeto é distinto.

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