“Dizem que o barbeiro é o segundo psicólogo”

ABRE ASPAS

“Dizem que o barbeiro é o segundo psicólogo”

O lajeadense Airton Manoel Ajardo, 22, começou a cortar cabelo logo cedo. Aos 14 anos, fez o primeiro corte em um amigo. Chegou a atender a domicílio por dois anos e, aos 19, já tinha a própria barbearia. Com salão no centro de Lajeado, diz que o melhor da profissão é receber pessoas de todos estilos e classes sociais e acredita que é necessário se especializar para realizar um bom trabalho.

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“Dizem que o barbeiro é o segundo psicólogo”
Crédito: Caetano Pretto
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O que te levou a essa profissão?

Me despertou o desejo de começar a cortar cabelo com 14 anos. Quando peguei a máquina pela primeira vez na mão foi algo bem legal. O primeiro corte que fiz foi em um amigo, e ficou legal. Ele gostou, disse que eu levava jeito para a coisa. Depois do primeiro eu nunca mais parei. Vi que poderia seguir carreira.

Primeiro comecei a atender a galera no meu bairro, no Conservas. Foram dois anos e meio atendendo a domicílio. Depois passei a trabalhar no centro, fiquei um ano e três meses em uma barbearia. Em 2019 abri minha primeira barbearia própria e em 2021 consegui ampliar e vir para a sala que estou atualmente.

Como nota a evolução na carreira?

Eu jamais imaginaria isso quando criança. Até quando comecei, foi difícil. Mas eu nunca desisti. E consegui crescer até rápido. A ponto de ter o meu espaço já em 2019 e em menos de cinco anos ter ampliado. Hoje para mim é gratificante poder cortar o cabelo da galera, poder conversar e aproveitar a minha profissão.

De que forma buscou especialização?

Até 2019 nunca tinha feito curso. Dos 14 aos 19 anos fui aprendendo sozinho. Até diziam que eu cortava bem para quem nunca tinha estudado o ramo. Depois finalmente consegui me especializar, ficar por dentro da atualidade e entender um pouco mais o que faço.

O que é o melhor na tua rotina de trabalho?

O que mais gosto é atender pessoas. Trabalhar com elas, fazer novas amizades. Cortar o cabelo, ajustar a barba, passar um café para elas.

Como é receber tanta gente, ouvir e contar tantas histórias no dia a dia?

Dizem que o barbeiro é o segundo psicólogo. Recebo muita gente, de várias faixas etárias, estilos, profissões e classes sociais. Então acabo ficando por dentro de tudo um pouco. São muitas histórias, conversas e novidades. Vibro com o cliente nas conquistas, abraço quando é necessário. No fim viro um amigo deles.

Quantos clientes passam pela barbearia em uma semana?

Em média 100 clientes por semana.

O que é preciso para ser um bom barbeiro?

Hoje tu precisa estudar. Correr atrás, fazer curso, se especializar. Não dá para ficar acomodado. Eu sou jovem e já vejo que tem chegado uma nova geração de barbeiros, que querem mesmo crescer. Tem público para todo mundo, mas é a qualidade do trabalho que difere quem é bom ou não.

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