Férias escolares: momento para  reforçar vínculos entre pais e filhos

NOSSOS FILHOS

Férias escolares: momento para reforçar vínculos entre pais e filhos

Psicopedagoga destaca que o período é fundamental não só para as crianças recarregarem as energias após o ano letivo, mas também para o estreitamento dos laços familiares. Aproveitar momentos em família e diminuir uso das telas são as principais recomendações

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Férias escolares: momento para  reforçar vínculos entre pais e filhos
Psicopedagoga Fabiele Spohr participou do programa Nossos Filhos, com o médico pediatra João Paulo Weiand (d). Crédito: Luísa Huber
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Depois de um ano letivo intenso, a recompensa. As férias escolares são um dos momentos mais aguardados para pais e filhos. Mais do que o descanso das crianças, é um período para estreitamento dos laços familiares e melhora do bem-estar. E também de suma importância para o desenvolvimento infantil.

Mas como aproveitar os dois meses de férias escolares de forma adequada? Quais os cuidados que se devem ter com as crianças no período? Perguntas que a psicopedagoga Fabiele Lermen Spohr procurou responder na noite dessa quinta-feira, 12, em “Nossos Filhos”, programa multiplataforma do Grupo A Hora.

Fabiele, que também atua como coordenadora pedagógica, destaca que as férias das crianças são um momento saudável para que elas possam se preparar ao próximo ano letivo. E, por isso, chega para agregar. “É um momento muito oportuno que traz uma maior estabilidade à criança. Um novo ar, novo fôlego depois de, em média, 200 dias de ano letivo”, comenta.

Além disso, a profissional argumenta que os pais também devem dar a importância necessária. “É fundamental esse envolvimento familiar para estabelecer o vínculo afetivo. Os filhos passam grande parte do ano na escola e, muitas vezes os pais não conseguem acompanhar o crescimento e a evolução”.

Cuidados com as telas

Passar o dia no celular, computador ou assistindo televisão. Esse é o passatempo de muitas crianças e adolescentes nas férias. Fabiele comenta que não tem como impedir os filhos de acessarem as tecnologias, mas é preciso dosar o tempo em frente às telas. Lembra que alguns órgãos de saúde, inclusive, estabelecem limites pouco respeitados.

“Que memórias afetivas nós temos deixado para as nossas crianças hoje em dia? Deixá-las expostas a uma tela traz algum benefício? É preciso repensar e aproveitar bem o período. Estimular o desenvolvimento cognitivo e emocional. As telas vieram para contribuir, mas é preciso trabalhar pelo equilíbrio, sempre com regras.”

Para crianças de dois a cinco anos, Fabiele ressalta o recomendado é que o uso das telas não deve passar de uma hora, enquanto o limite é de duas horas para as de 5 a 12 anos. “Pode até ser combinado com os filhos. Eles pode assistir Netflix, jogar até tal hora. Organiza isso e mostra bem para eles”.

Comodismo

Fabiele lembra ainda que as crianças, muitas vezes, seguem o exemplo dos pais. E se eles costumam ficar presos ao celular, a tendência é de que os filhos sigam no mesmo caminho, tornando a situação mais delicada.

“Muitas vezes os pais entram num comodismo, o que torna mais fácil e prático deixar os filhos na frente de um computador. Mas é importante ter momentos em família, de estabelecer uma rotina, envolver as crianças em outras tarefas”.

Brinquedos não estruturados

Durante a entrevista, Fabiele ainda abordou a importância dos chamados brinquedos não estruturados no desenvolvimento das crianças. “São itens que fazem parte do cotidiano da família e muitas vezes os pais não sabem que esse tipo de objeto são importantes para elas”.

Os brinquedos não estruturados podem ser, por exemplo, panelas, caixas, bacias ou tampas. “Isso contribui para o imaginativo da criança, a criatividade dela. Por isso deixem elas aproveitarem, entrar em contato com esse tipo de brinquedo, pois ela se realiza. Desenvolve o faz de conta. É muito importante para o desenvolvimento das crianças”.

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