Os advogados criminalistas Marcos Zanuso e Marco Mejia representam presos em atos no dia 8 de janeiro, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos e vandalizados. Entre os clientes, estão moradores do Vale do Taquari. Em entrevista ao programa O Vale em Pauta, da Rádio A Hora 102.9, desta terça-feira, 17, eles detalham de forma geral o andar dos processos.
Para eles, ninguém será solto nos próximos 45 dias. Isso ocorre porque o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai definir a situação de cada um dos presos de forma separada. As audiências de custódia já foram realizadas, mas os juízes federais não podem decidir.
“Tem muitas pessoas que poderiam responder ao processo em liberdade. Em muitas audiências de custódia, se fosse por juízes, muitos deles já estariam soltos. Só que temos o inquérito ligado direto com Moraes. Então tudo vai passar por ele, o que para mim é uma ilegalidade total. Quem deveria decidir é o juiz de primeiro piso”, critica Mejia.
O advogado diz que entre seus clientes nenhum participou de vandalismo. “Conheço as pessoas, os seus familiares. Aos que represento, estou bem tranquilo em dizer que não poderiam estar presos.”
“O pior está por vir”
Os advogados entendem que “o pior está por vir”. Depois de serem soltos, devem responder a processo criminal, o que pode render a pena de 6 a 12 anos, projetam. “Talvez este seja o maior processo criminal dos próximos 4 anos”, afirma Zanuso.
Assista a entrevista na íntegra