Que país é esse?

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Que país é esse?

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

REPRODUÇÃO

A música “Que País é Esse?”, lançada em 1987 pela banda Legião Urbana, nunca esteve tão atual e desde domingo – após a barbárie ocorrida em Brasília – fica martelando na consciência. Afinal, que país é este? Ao contrário das manifestações realizadas em vários pontos do Brasil após a eleição de segundo turno, inclusive aqui na região e de forma bem pacífica, as de domingo fugiram de controle.

A canção foi escrita por Renato Russo em 1978, durante a Ditadura Militar, e fala sobre as contradições sociais do Brasil. “Nas favelas. No senado. Sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a constituição. Mas todos acreditam no futuro da nação. Que país é esse?”, diz a letra. A luta não é por causas sociais (tão necessárias), mas por questões políticas de extremistas ainda inconformados com o resultado da eleição. Até quando lutarão sabendo que esta causa está perdida. Alguém precisa dar um basta.

Carência de líderes

Prudente e sensata as colocações do consultor de empresas, economista, analista de mercado e empresário Fernando Röhsig de que “o Brasil precisa de um líder”. Em sua análise no quadro Entre Aspas, do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, ele afirmou que Lula e Bolsonaro não são assim reconhecidos pela maioria da população brasileira. “A gente percebe uma falta de liderança, porque Lula ganha a eleição e o Bolsonaro não aparece mais.

Houve as paralisações das BRs [..]. De lá para cá não se ouve mais uma voz institucional. Tanto que o último a falar do governo que sai é o Mourão. E sai batendo no Bolsonaro. Percebemos que há um não reconhecimento de Lula como uma liderança. Tanto por quem não votou nele, como em quem votou [..]. Não temos liderança ratificada e reconhecida como plena.”

Olha o golpe

Bancos tem informado aos clientes que não se utiliza de motoboys para recolher cartões de crédito ou débito mesmo quando precisam ser substituídos. É uma nova falcatrua em grandes centros, o Golpe dos Motoboys. Tome cuidado, logo chegará por aqui.

Culpa de todos

A Polícia Militar do Distrito Federal foi omissa diante dos manifestantes. Tudo indica que sim. Mas também falhou o Governo Federal. Flávio Dino, que comanda o Ministério da Justiça e Segurança Pública, havia anunciado que caberia à Força Nacional de Segurança a tarefa de impedir o protesto bolsonarista na Esplanada dos Ministérios. Subestimou os manifestantes e deu no que deu.

Alguém me explica

Depois que centenas de manifestantes invadiram os prédios dos três poderes no domingo, membros do governo Lula questionaram a atuação pífia do então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, no impedimento da ação dos vândalos. Cerca de uma hora depois do ato, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) determinou a exoneração de Torres. Não consegui entender até agora como Anderson Torres, uma semana após ter assumido como secretário do DF, já estava em viagem aos EUA.

Em defesa

Um eleitor e defensor de Vilson Covatti entrou em contato com este colunista para contrapor tópico da coluna da edição do fim de semana quando coloquei em análise sua indicação para comandar a Secretaria Estadual de Turismo. No entendimento dele, a nomeação de Covatti não é de cunho apenas político e que o mesmo terá condições de fazer um bom trabalho pelo turismo do RS. Assim espero.

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