Município contesta dados do IBGE e pede revisão da divisa com Lajeado

CRUZEIRO DO SUL

Município contesta dados do IBGE e pede revisão da divisa com Lajeado

Números preliminares do instituto mostraram a redução no número de habitantes. Governo justifica que mapas usados no recenseamento estavam desatualizados

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Município contesta dados do IBGE e pede revisão da divisa com Lajeado
Mapa da divisa entre Cruzeiro e Lajeado é questionado. Erro no cálculo pode gerar perda de R$ 5,5 mi em FPM. Crédito: Gabriel Santos
Cruzeiro do Sul
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O governo municipal solicita ao Estado a correção de divisas no limite de Lajeado. Uma audiência com a nova equipe de Planejamento deve ocorrer depois do dia 15 de janeiro. O município quer que seja reconhecido como território cruzeirense às residências e áreas situadas entre a rua da Divisa e Nossa Senhor de Fátima.

Os dados preliminares do censo motivam a reivindicação. O município contesta o número de habitantes apontado pelo instituto, cerca de 11,6 mil habitantes, pois a projeção era de superar os 13 mil. A justificativa para a redução, reconhecida também pelo coordenador de Lajeado, Paulo Ricardo Hamester, é que os mapas dos recenseadores foram disponibilizados pelo Estado e consideraram a rua da Divisa como território de Lajeado.

Segundo o secretário da Administração e Finanças, Volmir Dullius, essa desatualização prejudica a contagem populacional no município, pois as residências situadas em Cruzeiro do Sul foram ignoradas. “Com isso mais de 1,2 mil moradores não foram contados”, afirma. Agora a intenção é oficializar as divisas e evitar a homologação dos números do IBGE. Desde 2017, o município tem em aberto o processo de correção de limites. Além do Passo de Estrela, são apontadas irregularidades nos limites da Linha Primavera e em São Bento.

Outra justificativa, é que em territórios contestados nos mapas a administração é de Cruzeiro do Sul. Tanto que em Passo de Estrela, o ginásio também é de responsabilidade do Executivo. “Nesse bairro, investimos ano passado, na pavimentação de três ruas. E agora reconheceram os moradores à Lajeado. Isso não pode estar certo”.

Perda de recursos

A queda no número de habitantes pode afetar o repasse financeiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pois a participação dos valores em 2023 leva em conta os dados preliminares do IBGE. Neste formato, a estimativa aponta para uma perda de R$ 5,5 milhões em repasses ao município.
A projeção de Dullius é que a população supere os 13 mil se considerar correções nas divisas e também o aumento de matrículas na Educação Infantil, que saltaram de 1,7 mil em 2010 para 2,3 mil crianças em 2022.

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