Milhares de manifestantes se reúnem na tarde deste domingo, 8, no Distrito Federal, em protesto à posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A concentração iniciou no Quartel General do Exército, no final da manhã. De lá, os protestos seguiram até o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e também até o Palácio do Planalto.
Policiais militares tentaram conter participantes com spray de pimenta e bombas de efeito moral. Durante os protestos, vidraças da sede do Congresso foram quebradas, assim como no STF.
Em resposta, o ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso da Força Nacional na área central de Brasília. Neste momento, a cavalaria segue para dispersar os protestantes.
Consequências no Distrito Federal
O governador do DF, Ibaneis Rocha, mandou exonerar o secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em resposta aos atos de vandalismo deste domingo, 8. A demissão é uma tentativa do gestor de evitar uma intervenção no governo do DF.
Autoridades avaliam que Ibaneis foi omisso e que Torres é o principal responsável pela falha de segurança que levou à invasão do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto.
Para o deputado federal do RS, Lucas Redecker, a invasão e a falta de policiamento ao redor do Congresso denota “corpo mole” ou despreparo das forças policiais do governo estadual de Brasília. “Com vários dias de manifestações anunciadas, o governo deveria ter se preparado para isso e não poderia ser pego de surpresa”, avalia. A demissão do secretário é uma medida que chega tarde, na opinião de Redecker.
Em conversa com nossa reportagem, o deputado gaúcho admitiu que podem ser invocadas as forças nacionais de segurança para restabelecer a ordem. Nos bastidores, corre a informação de que a direção do PT cogita esta possibilidade.
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Depredação
Confira algumas imagens do interior do Palácio do Planalto após a invasão, na galeria de imagens abaixo.
