Apesar de estarem reservados recursos no orçamento para corrigir o salário mínimo aprovado ainda no governo Bolsonaro, de R$ 1.302, para R$ 1.320, o presidente Lula ainda não sancionou a peça orçamentária do novo valor. O aumento do salário acima da inflação foi uma promessa de campanha que, por enquanto, não foi cumprida.
O salário mínimo “será pago normalmente”, disse nesta sexta-feira, 6, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sem, no entanto, fixar uma data exata para validar o reajuste. Por enquanto, segue o antigo valor.
O governo justifica que isso se deve à expressiva liberação de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no segundo semestre do ano passado, o que pode comprometer a capacidade de bancar o salário mínimo.
O pronunciamento do Ministério do Trabalho e Emprego originalmente estava previsto para ontem, 6, mas foi adiado para segunda-feira, 9, após a primeira reunião ministerial do novo governo, no Palácio do Planalto.
Apesar de a emenda constitucional da Transição ter assegurado R$ 6,8 bilhões para bancar o salário mínimo de R$ 1.320, o governo teme um impacto fiscal maior que o previsto. Nesse caso, terá de remanejar dinheiro de todos os ministérios para bancar o valor.