Faltam técnicos para o campo

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Faltam técnicos para o campo

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O trabalho desenvolvido pela Emater/RS-Ascar enfrenta a falta de pessoal. O déficit na região é de pelo menos 40 técnicos para atividades em campo e na área social. A projeção é da gerência do Vale do Taquari. Há por sua vez uma expectativa de contratações a partir de processo seletivo autorizado com a intenção de preencher 98 vagas no estado.

Crédito: Divulgação

Assim como em outros setores, a disputa por profissionais para o agronegócio é crescente. Ao mesmo tempo em que o serviço público carece de profissionais, empresas e cooperativas buscam pessoas qualificadas para prestar assistência aos produtores. Esse modelo de acompanhamento visa assegurar maior produtividade seja no cultivo de grãos ou produção integrada de aves e suínos. Também são muito demandados na área do tabaco. Em meio às oportunidades na área técnica ligada ao agro, há o desafio de atrair jovens para o mercado.

O planejamento anual da Fetag/RS indicou no ano passado a necessidade de incentivar o ensino profissionalizante nas escolas da rede pública. Fica a expectativa se isso de fato vai avançar durante 2023. O certo é que a maioria dos jovens que ingressam nas escolas técnicas já saem com oferta de emprego. Em outros casos, retornam para casa e se dedicam para a atividade da família, visto que as propriedades se caracterizam cada vez mais como empresas rurais.


Novo mercado para carne suína

Em meio às dificuldades do setor de proteína animal, a abertura de novos mercados representa maior demanda e valorização do produto. Na última semana de 2022 as autoridades sanitárias do Peru aprovaram as importações de carne suína do Brasil. É esperado que o fluxo de comércio inicie neste primeiro semestre de 2023. O anúncio gera otimismo ao setor.


Crédito: Divulgação

Safra recorde de trigo

O RS encerrou de forma oficial a colheita de trigo. A área cultivada alcançou 1,4 milhão de hectares, a maior em quatro décadas, segundo a Emater/RS-Ascar. O resultado final da produtividade será divulgado nos próximos dias. Com qualidade acima do esperado, o estado assume a liderança na produção nacional.

No Vale do Taquari o desempenho não foi diferente. A cultura do cereal ocupou mais de 4 mil hectares, ante pouco mais de 2 mil no ciclo de 2020. A quantidade média colhida por hectare também aumentou de 37 sacas para próximo de 50.


Evolução ou retrocesso?

Não é de hoje que o sinal de telefonia é precário na região. Se na cidade muitas vezes enfrentamos perrengues para completar uma ligação, na área rural o desafio é ainda maior. Em recente migração de clientes da operadora Oi para a Tim, após processo de recuperação judicial, cidades antes com sinal 2G para localidades do interior, tiveram a infraestrutura substituída por novas tecnologias.

O problema está no alcance deste sinal. Essa estratégia da operadora em levar 4G para todas as cidades do país fez com que clientes de áreas mais afastadas dos centros perdessem a conectividade. O impacto é percebido em pequenas cidades. Em Canudos do Vale, a situação motivou audiência na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas até agora não houve avanços e famílias continuam sem sinal.

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