“Buscar um treinamento fez toda a diferença na minha evolução”

ABRE ASPAS

“Buscar um treinamento fez toda a diferença na minha evolução”

Guilherme Stapenhorst, 36, é treinador de corrida. Morador de Teutônia, compete há nove anos, após começar a acompanhar a rotina de um amigo, e tem se destacado em diferentes competições. Foi o vencedor das duas últimas edições da Rústica de Lajeado e também disputou provas tradicionais, como as maratonas de Boston e de Sevilha.

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Atualizado quinta-feira,
05 de Janeiro de 2023 às 15:10

“Buscar um treinamento fez toda a diferença na minha evolução”
Crédito: arquivo pessoal
Teutônia
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Quando você começou a tomar gosto pela corrida?

Desde o tempo de colégio, eu já praticava provas de atletismo na distância de 3 mil metros. Há uns nove anos, comecei a acompanhar a rotina de um amigo maratonista e decidi começar a treinar também. Desde então, tenho corrido regularmente e já completei, nesse tempo, 11 maratonas (42,2 quilômetros) e 36 meia-maratonas (21 quilômetros).

Como foi a tua primeira maratona?

Minha primeira maratona foi menos de um ano depois que eu comecei a treinar. Foi uma maratona noturna que teve em Porto Alegre, em dezembro de 2014. Eu ainda não tinha treinador e fazia um volume muito pequeno comparado ao necessário para se preparar pra essa prova. Foi marcante, mas não recomendo. Quem quer se preparar para maratona deve buscar um treinamento adequado e, de preferência, deve ter uma bagagem correndo nas outras distâncias! Hoje tenho um treinador (Claiton Lenz, da Assessoria Galgos) e também treino alunos nesse mesmo grupo. Buscar um treinamento fez toda a diferença na minha evolução na corrida.

Nesses quase dez anos de corridas, qual foi o momento mais marcante que você vivenciou?

Tive dois momentos muito marcantes. O primeiro foi quando consegui o índice para correr a Maratona de Boston em 2017 e lá consegui fazer, pela primeira vez, uma maratona abaixo de 2 horas e 50 minutos. O segundo foi esse ano, em fevereiro, na Maratona de Sevilha, na Espanha, onde alcancei meu recorde pessoal na distância com um tempo de 2 horas e 34 minutos.

Você venceu as duas últimas rústicas de Lajeado. Como é a tua rotina de preparação para um evento desse porte?

Como a distância é menor, o treinamento muda bastante. Quando tenho uma prova alvo nessa distância (10 quilômetros), reduzo meu volume de treinos nas semanas que antecedem a prova e aumento a intensidade. Os treinos são mais curtos, porém mais desgastantes. Além disso, como o trajeto da rústica não é plano, costumo escolher nos treinos percursos com maior altimetria. No mais, sigo minha rotina, treinando seis vezes na semana e fazendo reforço muscular para complementar.

A corrida é a melhor opção para que pessoas iniciantes deixem o sedentarismo de lado?

Sem dúvida, a corrida é um esporte excelente para pessoas que desejam iniciar uma atividade física. A corrida de rua é muito democrática e inclusiva, pois exige apenas o impulso de sair para correr e comporta pessoas de todas as idades e com todos os objetivos. Tenho vários alunos, entre 18 e 70 anos, que nunca tinham praticado uma atividade física e encontraram na corrida uma atividade para vida, atingindo as mais variadas distâncias que a pessoa jamais imaginaria ser capaz. A corrida é um esporte de superação e resiliência. Recomendo para todos.

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