Operação Verão tem efetivo local menor no comparativo com 2022

VERÃO 2023

Operação Verão tem efetivo local menor no comparativo com 2022

Cedência de policiais militares cai para 17, ante os 33 da estação do ano passado. Por outro lado, a mais demanda por salva-vidas. Ao todo, corporações deslocam 30 servidores para atuar no litoral gaúcho durante esse veraneio

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Operação Verão tem efetivo local menor no comparativo com 2022
Ao todo, 1.004 guarda-vidas participam da operação que começou em dezembro e segue até março. Crédito: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
Estado

A alta temporada do litoral gaúcho exige reforço na segurança. Do Vale do Taquari, 30 profissionais foram deslocados para a Operação RS Verão Total 2023. Desses, 17 são policiais militares. O número pequeno em relação aos anos anteriores (em 2019, por exemplo, foram 33).

A redução se justifica pelo desmembramento do corpo de bombeiros da Brigada Militar, o que impacta também nas funções que exercem os servidores. “Neste ano, só cinco policiais vão atuar como guarda-vidas, e são apenas aqueles que fazem isso há anos, nas nas praias de Arroio do Sal, Curumim, Capão da Canoa e Imbé”, destaca o responsável pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), tenente-coronel Ivan Urquia. Os outros 12 vão trabalhar no policiamento ostensivo em Nova Tramandaí.

Entre os bombeiros, dois são de Estrela, dois de Taquari e um de Encantado. De Lajeado, foram enviados sete guarda-vidas e um comandante. A convocação é feita pela gestão do Corpo de Bombeiros, que prevê a necessidade dos profissionais no litoral e define os qualificados para a função.

11 anos de verão em Xangri-lá

Entre os 12 bombeiros do Vale que integram a Operação, está Roberto José Pirez Epifânio Filho, 43. Há 11 anos ele passa o verão em Xangri-lá, atuando como guarda-vidas. “O que me motiva é poder dar a segurança e a satisfação pessoal em ajudar as pessoas e, se houver o salvamento, devolvê-las às suas famílias”, comenta.

Nos meses de operação, uma escola cedida para o efetivo se torna a casa de Roberto, que até março tem a guarita 93 como posto de trabalho. Nas principais mudanças que percebe nos últimos anos, cita a qualificação dos profissionais e a organização. Entre os problemas, a falta de efetivo também parece. “Mas estamos sempre nos reinventando para entregar um serviço de qualidade visando segurança e tranquilidade dos veranistas”, completa.

Organização no Vale

Se na praia os veranistas contam com a supervisão dos guarda-vidas, no interior, a população segue com amparo dos bombeiros sem alterações. Há um mês, o Grupo A Hora publicou uma reportagem especial alertando sobre os incêndios em matas. Somente em novembro, foram 60 ocorrências.
Conforme o comandante do Corpo de Bombeiros de Lajeado, Capitão Thalys Stobbe, alguns ajustes no setor administrativo são necessários para manter o número de efetivo necessário para dar conta da demanda que cresce durante o verão.

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Dessa forma, as vistorias reduzem durante o período. “A parte de prevenção de incêndio fica em Santa Cruz do Sul e, aqui, as vistorias diminuem. Assim, o atendimento à sociedade, ou seja, o 193, segue normalmente, com o mesmo número de militares”, explica.

Sobre a Operação Verão

  • A Operação RS Verão Total 2023 começou dia 17 de dezembro, em Capão da Canoa.
  • O investimento, em termos de diárias dos servidores envolvidos durante o período da operação, é estimado em R$ 40 milhões pelo governo estadual.
  • No total, 1.004 guarda-vidas, entre militares e civis, atuarão durante a temporada.
  • O número representa um aumento de 4% na comparação com a operação passada.
  • Neste verão, a expectativa da Secretaria da Segurança Pública é chegar a 272 guaritas até o fim da operação, em março.

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