“No Proerd, descobri o meu  propósito e a minha paixão”

ABRE ASPAS

“No Proerd, descobri o meu propósito e a minha paixão”

Natural de Lajeado e formado em Direito, Tiago Muniz de Souza, 33, é policial militar desde 2009. Lotado em Venâncio Aires, ele tornou-se instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) em 2021. Desde então, já ajudou a formar centenas de alunos nas redes pública e privada.

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“No Proerd, descobri o meu  propósito e a minha paixão”
Crédito: Arquivo Pessoal
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Por que você optou pela carreira militar?

Sempre gostei desde criança da área militar. Tanto que não perdi a oportunidade de servir e fui para o Exército em Santa Maria. Fiquei um ano, fiz curso de Cabo, fiz a prova da ESA e pretendia ficar, porém não consegui. Saí um pouco frustrado. Porém, a oportunidade de seguir veio em seguida. Aproximadamente 60 dias depois saiu a prova da Brigada Militar, em 2009. Fiz um cursinho e fui aprovado. Passei por todas as etapas (psicológico, saúde, físico, vida pregressa) e ingressei em 8 de outubro de 2009.

O que você considera mais importante no papel de um policial militar?

São um conjunto de qualidades que são essenciais. Primeiro, deve ser um ser humano que tenha muita empatia e, apesar das dificuldades da vida e da profissão, nunca pode perder isso. Ser alguém corajoso, já que tem que correr para o perigo enquanto todos correm na direção contrária. Deve ser responsável e honesto, pois a sociedade espera muito de um policial.

Muitas vezes seremos julgados e precisamos ser resilientes para lidar com frustrações e, principalmente, lidar com a dor, pois na nossa profissão infelizmente perdemos muitos irmãos de farda e precisamos seguir em frente na luta, honrando aqueles que tombaram em serviço cumprindo seu juramento.

Você fez o Proerd na infância. Como foi, anos depois, retornar ao programa, desta vez como instrutor?

Fiz Proerd na minha escola em Lajeado (Moisés Cândido Veloso) quando estava no ensino fundamental. Era no início da implementação do programa no RS. Depois que entrei para a Brigada e comecei atuar em Venâncio Aires, pude acompanhar o trabalho que um colega desempenhava como instrutor. Isso começou a despertar o interesse de, um dia, me tornar um. Mas precisava abrir o curso de formação. Depois de muitos anos, em 2021, fui voluntário após a abertura do edital do curso e fui para a cidade de Igrejinha, onde fiquei por 15 dias. Um curso bem técnico. Adquiri muito conhecimento, fui aprovado e, portanto, me tornei instrutor do Proerd em outubro de 2021.

O que mais te motiva a seguir como instrutor de um programa com este viés?

É a possibilidade de trabalhar com as crianças. Sinceramente, descobri meu propósito e minha paixão. O currículo “Caindo na Real” é muito bem elaborado e frequentemente atualizado, e isso, com todos os relatos de gratidão e bons exemplos de ex-alunos do programa, me faz acreditar que a esperança de um mundo melhor certamente passa por nós, adultos, ensinarmos o caminho do bem. Mostrar que, ao fazerem escolhas seguras e responsáveis, elas podem realizar todos os seus sonhos. Com o Proerd, posso fazer parte disso e as aulas são ferramentas de transformação na vida das crianças. Contribuir com isso é muito gratificante.

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