Jornada da Tere Art Decorações está fundamentada no amor de uma mãe pelos filhos

Lajeado Empreendedora

Jornada da Tere Art Decorações está fundamentada no amor de uma mãe pelos filhos

Inaugurada em 1995, empresa começou a partir da necessidade de Teresinha Becker adequar sua rotina aos cuidados clínicos do filho mais velho

Jornada da Tere Art Decorações está fundamentada no amor de uma mãe pelos filhos
Teresinha Becker começou seu negócio em 1995, vendendo de porta em porta. (Foto: J. J. Silva)

Num país onde 45% dos lares são chefiados por mulheres, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é esperado que muitas mulheres se tornem empreendedoras a fim de proporcionar melhores condições para sua família. Um exemplo disso é a jornada da Tere Art Decorações, em Lajeado. Fundada em 1995, a empresa especializada em cortinas, cama, mesa e banho teve sua semente regada pelo cuidado de Teresinha Becker com o filho Estevan.

Natural de Nova Santa Cruz, no interior de Santa Clara do Sul, Teresinha sempre sonhou com uma vida empreendedora. A lembrança da infância, segundo ela, é de brincar com as bonecas e sempre focar na decoração e cortinas das casas das personagens. Contudo, quando cresceu, a necessidade a fez trabalhar como babá, antes de se tornar confeiteira, quando casou e se mudou para Lajeado há mais de 30 anos. Esse caminho profissional foi interrompido quando o filho mais velho nasceu.

“Descobrimos que ele era intolerante à lactose, o que dificultou muito o dia a dia nas creches. Por isso, conversei com meu marido e a decisão foi por eu parar de trabalhar para cuidar dele”, conta. 

Esse cenário levou Teresinha a buscar alternativas. Nisso, o sonho de empreender e trabalhar com vendas foi retomado. Primeiro, porta a porta. Para isso, numa época em que ter telefone era caro, ela procurou na lista telefônica disponível numa sede da antiga CRT e contatou uma empresa de confecções de Caxias do Sul. “Fui de ônibus até lá e eles me buscaram na rodoviária. Comprei produtos na hora. Depois, a cada duas, três semanas, eu ia para lá repor o estoque que vendia”, lembra.

Neste processo de crescimento, outros elementos colaboraram, como a estreita relação com os fornecedores. “Chegou um momento em que eles deixaram de vender para mim e me passaram o contato direto das confecções para facilitar minha vida”, conta.

Em 2005, depois de uma década comercializando porta a porta, a empreendedora concluiu que era necessário ter um ponto para receber os clientes. Assim, foi inaugurada a operação na Av. Benjamin Constant. “A gente tem clientes desde a época em que eu vendia de porta em porta. Isso tudo mantém a loja ativa e nosso sonho de pé”, conclui Teresinha, dona de uma história que ilustra como empreender é também amar e cuidar.

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Ouça o quadro na programação da rádio A Hora 102.9:

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