“Faço tudo com carinho e amor, sem pensar em recompensas”

ABRE ASPAS

“Faço tudo com carinho e amor, sem pensar em recompensas”

Natural de Coqueiro Baixo, moradora do bairro Navegantes, a professora aposentada Lourdes Zanatta Both, é conhecida pelo voluntariado. Aos 72 anos, 40 destes foram dedicados ao magistério nas disciplinas de Ciências e Matemática em Arroio do Meio, Travesseiro e Torres.

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Atualizado quinta-feira,
08 de Dezembro de 2022 às 13:06

“Faço tudo com carinho e amor, sem pensar em recompensas”
Crédito: Gabriel Santos
Arroio do Meio

O que levou a senhora a virar professora?

Eu tinha 20 anos. Comecei a lecionar em Travesseiro, nas séries finais nas disciplinas de Ciências e Matemática. Enquanto fazia o estágio concluí minha licenciatura plena em Ciências Físicas e Biológicas e pude lecionar em turmas do segundo grau, hoje Ensino Médio. Com a formação avançada, dei aula para muitos dos meus colegas. Depois fui contratada pelo Estado e trabalhei em três escolas na cidade de Torres.

Quando chegou em Arroio do Meio?

Em 1982 fui para a Escola Guararapes, dava aulas para turmas da 5ª série. Fui aprovada em um concurso do Estado, fui diretora e vice. Sempre lecionei na mesma área. Eu tinha um carinho muito grande pelos meus alunos. Com a aposentadoria em 2010, deixei a sala de aula e passei a buscar outras atividades.

Sobre essas ocupações. Como foi sair da sala de aula e passar a atuar em organizações comunitárias e sociais?

Além das minhas atribuições na escola, sempre me coloquei à disposição pra ajudar nas causas sociais. Com a aposentadoria busquei outras ocupações. Hoje estou nas pastorais do bairro Navegantes e centro, grupo de idosos, diretoria de comunidade, igreja e Conselho Comunitário.

Nestes grupos, quais são as atribuições?

São diferentes, mas em todas elas atuo de forma voluntária. Na comunidade do Navegantes ajudamos muito na organização da tradicional festa que ocorre em fevereiro. Corro atrás dos patrocinadores, missa e de outros detalhes. No grupo de mensageiras da Divina Providência fizemos roupas e enviamos aos mais necessitados. Como ministra e integrante de pastorais, auxílio nas catequeses, missas, levo mensagem e comunhão aos mais velhos nas residências e cursos preparatórios de batismo.

Como se sente com essa participação? O que isso lhe proporciona?

Tem coração cheio de gratidão e uma certeza: Quem oferece ajuda, também recebe. Tenho muita força e coragem para fazer o bem às pessoas e comunidade. Quero contribuir muito ainda aos grupos e atividades sociais, até porque muitos jovens não têm interesse em assumir alguma função em diretorias. Eu nunca neguei ajuda. Fiz tudo de forma voluntária, com muito amor e carinho sem pensar em recompensas.

O afastamento dos mais jovens nas atividades comunitárias preocupa?

Sim. Por causa disso, sempre as mesmas pessoas estão à frente das direções e organização de eventos e isso não é bom. É importante que os grupos começam a trabalhar a renovação e busquem mais pessoas para ajudar.

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