Ciclista lajeadense percorre 380 km no Chile

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Ciclista lajeadense percorre 380 km no Chile

Aventura de Carlos Fernando Kieling, 57, foi de Puerto Varas, na região dos Lagos Chilenos

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Atualizado quinta-feira,
08 de Dezembro de 2022 às 07:55

Ciclista lajeadense percorre 380 km no Chile
Com uma bicicleta aro 29 de 27 marchas, o lajeadense Carlos Fernando Kieling, 57, percorreu as terras chilenas nas últimas semanas. Crédito: Arquivo Pessoal
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Com uma bicicleta aro 29 de 27 marchas e algumas mochilas na bagagem, o lajeadense Carlos Fernando Kieling, 57, percorreu as terras chilenas nas últimas semanas. Depois de 11 dias e 380 km percorridos, passou por áreas vulcânicas, lagos e estradas históricas.

Kieling conta que, no início, a ideia era pedalar na Alemanha em 2019, mas a pandemia fez com que os planos mudassem. Com a passagem perdida e um voucher da companhia aérea, escolheu o Chile como próximo destino e a viagem ficou para 2022.

Assim, na metade de novembro, iniciou o percurso, saindo de Puerto Varas, na região dos Lagos Chilenos. “Escolhi contornar parcialmente o Lago LLanquile para depois seguir ao sul, encontrar a Carretera Austral e, por ela, voltar ao ponto de partida”, conta o ciclista.

Pelo caminho, passou por Frutillar, cidade que apresenta forte colonização alemã, pela região onde fica o vulcão Osorno e pela Vila de Cochamó. Mas o ponto alto da viagem foram os 50 km pedalados pela Carretera Austral.

Experiências na estrada

De acordo com Kieling, todo cicloturista que gosta de ler sobre o assunto, em algum momento leu algo sobre a carretera, que é uma rodovia criada para unir o Chile. Ela começa em Puerto Montt e vai até a Villa O’Higgins, a mais de 1,2 mil km de distância, e é o destino de muitos ciclistas de todo o mundo.

“A experiência de estar só, num país estranho cuja língua não é tão fácil de ser entendida, de bicicleta, pedalando por lugares às vezes pouco movimentados é muito interessante”, conta o viajante. Além disso, destaca que toda paisagem é diferente do que é visto no Brasil. “É uma mistura de expectativa com ansiedade, tudo isso compensado pelo encantamento de ver coisas diferentes a cada curva da estrada”, garante.

Pelo Chile ser um país caro para viajar, as opções para pernoitar eram em locais com o menor preço, mas que tivesse, ainda, um certo conforto. No último dia de pedalada, no entanto, Kieling ficou em um “Glamping”, onde dormiu em uma barraca já montada no local. Esta foi a 12ª viagem do lajeadense em cima da bicicleta, mas a segunda vez que pedala fora do Brasil. A primeira foi em 2019, quando foi de ônibus para Montevidéu e pedalou até o Chuí. Em geral, as viagens são curtas, de quatro a oito dias, para não ficar tanto tempo longe da família e do trabalho.

Apesar de adiada, a viagem para a Alemanha ainda faz parte dos planos do ciclista, que pretende visitar o afilhado no país europeu. Além disso, quer conhecer a Eurovelo, uma rede de ciclovias que une todos os países da Europa. Outro desejo é pedalar mais uma vez na região dos lagos, desta vez, pela Argentina, e fazer o Caminho dos Diamantes, em Minas Gerais.

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