Ano com crescimento de 3,1% na economia, estima Fiergs

PERSPECTIVAS

Ano com crescimento de 3,1% na economia, estima Fiergs

Projeção do setor industrial aponta para condições incertas em 2023. Federação defende continuidade da política econômica, com agenda de reformas e equilíbrio das contas públicas

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Ano com crescimento de 3,1% na economia, estima Fiergs
Publicação conclui que país recuperou produtividade após períodos de retração devido a pandemia, condições internacionais e a guerra. Crédito: Dudu Leal/Fiergs/Divulgação
Estado

O estudo Balanço 2022 e Perspectivas 2023, feito pela Federação das Indústrias do RS (Fiergs), aponta para avanço neste ano e incertezas para o próximo período. Frente a demanda reprimida e reabertura do setor de serviços, o impulso fiscal causado por meio de programas sociais e redução de impostos, trouxeram dinamismo à economia. Como resultado, a projeção da entidade é de um crescimento de 3,1% para o país.

Para o próximo ano, as expectativas são de redução. Com 1% de elevação no Produto Interno Bruto (PIB). Para a Fiergs, o resultado depende da capacidade do novo Governo Federal e do Congresso Nacional de continuar a agenda de reformas, com medidas para garantir o equilíbrio das contas públicas e da dívida pública.

Nestas condições, seria possível iniciar um ciclo de baixa dos juros. “Tudo vai depender de como o governo conduzirá a economia, o empresariado não sabe o que virá”, salienta o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry. “A indústria tem de produzir, gerar empregos e impostos. O governo tem que nos fornecer condições para podermos trabalhar, não nos atrapalhar, e nem desmanchar alguns resultados que vêm bem.”

Para a inflação, o IPCA, que chegou a acumular alta de 12,1% no quarto mês do ano, encerrará 2022 em 5,8%. Segundo a FIERGS, a ação do Governo Federal em promulgar a PEC dos Combustíveis reverteu o cenário e trouxe consigo três meses seguidos de desinflação.

Impacto no RS

Diferente dos resultados nacionais, a economia gaúcha deve apresentar retração de 2,5% no PIB por conta da estiagem que provocou a queda da produção agrícola. Pela análise elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, a indústria de transformação foi o setor mais afetado pela conjuntura turbulenta e pelos entraves nas cadeias de suprimentos. Os detalhes foram apresentados durante coletiva nessa terça-feira em Porto Alegre.

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