Em meio às celebrações do aniversário de 64 anos, a Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan) projeta ampliar seu espaço físico junto ao Centro Lenira Maria Müller Klein, no Centro da cidade. Para isso, busca ajuda da comunidade. As obras iniciaram em outubro e estão avaliadas em R$ 3 milhões.
A ampliação ocorrerá nos fundos do prédio, em área onde funcionava o antigo imóvel do CTG Bento Gonçalves. O terreno foi cedido à Slan pelo Executivo de Lajeado. No local, serão construídos um complexo esportivo e também o centro administrativo da entidade, uma necessidade antiga devido às limitações do espaço atual.
Conforme o presidente da Slan, Renato Specht, o futuro complexo terá quadras poliesportivas, círculo para meditação, pracinha, pista de corrida, salas de artesanato, música e informática, além de um canteiro com jogos de xadrez. A construção será erguida de forma a evitar possíveis inundações, já que parte do imóvel está em área alagável.
A nova construção terá quase 600 metros quadrados. Na primeira fase, apenados do Presídio Estadual de Lajeado efetuaram a limpeza e remoção dos blocos de concreto. O desafio é angariar os recursos necessários para finalizar a obra. Hoje, os recursos são captados junto a empresas do município, com abatimento do Imposto de Renda.
“Ainda falta uns R$ 2 milhões para fecharmos essa conta. Mas a sociedade ajuda e colabora. As coisas estão andando porque a participação da comunidade é fantástica”, exalta o conselheiro da Slan, Paulo Pretto.
Atendimento
Hoje, a Slan atende cerca de 640 crianças em três centros: Lenira Maria Müller Klein, no Centro; Nora Oderich de Atendimento à Menina (Lar da Menina), no bairro Conservas, e Pedro Albino Müller, no Santo Antônio.
Specht lembra que, ao longo dos anos, muitos dos alunos que passaram pela entidade se desenvolveram. “Se vocês olharem, nossas crianças têm um histórico positivo dentro da comunidade. Muitas delas criaram empresas, ou são professoras, ou têm outras atividades. E passaram por aqui. Nos orgulha muito”, salienta.
A Slan conta com duas modalidades de atendimento. Na educação infantil, o turno começa cedo, segundo a coordenadora pedagógica, Angelisa Klein. “É um trabalho diferenciado e humanizado, que começa às 4h15min, para atender as crianças de 2 a 5 anos cujas mães trabalham em frigoríficos”, comenta.
Já o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) ou contraturno escolar, atende crianças dos 6 aos 15 anos. “Por meio da Slan, Lajeado integra crianças desfavorecidas à sociedade. Essa é a nossa missão. Que elas sejam acolhidas assim como as demais crianças”, pontua Specht.
Ouvinte solidário
Durante a programação especial da Rádio A Hora na manhã de ontem, 6, direto da sede da Slan, um ouvinte depositou R$ 10 mil na conta da entidade. O valor foi enviado por meio do sistema Pix, em duas parcelas. A ação emocionou integrantes da diretoria que participavam do programa Frente e Verso.
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“Isso é o resultado de vocês estarem aqui. E nos mostra quanto a comunidade é parceira, representativa”, exaltou Paulo Pretto, que atua na direção da entidade. A coordenadora pedagógica Angelisa Klein destaca que, com a ajuda, é possível continuar a fomentar projetos extracurriculares da entidade, como a banda que se apresentou em evento do Vida+Viva ontem.
Diretoria atuante
Specht é voluntário da Slan desde a década de 1980 e sempre teve uma atuação destacada. Passou por diversos cargos na diretoria, até chegar à presidência. “Comecei como secretário e fui, aos poucos, participando. Isso é apaixonante. E temos uma diretoria muito atuante. Qualquer hora em que chamamos, as pessoas se fazem presentes. É muito importante essa união”.
Programa Frente e Verso foi apresentado ao vivo direto do Centro Lenira Maria Müller Klein. Crédito: Luísa Huber
