Estado e EGR avaliam três obras na região

INFRAESTRUTURA VIÁRIA

Estado e EGR avaliam três obras na região

Cerca de R$ 9,3 milhões em investimentos estão previstos para trechos em Cruzeiro do Sul e na ligação entre Encantado e Muçum. Projetos dependem de aporte financeiro do governo estadual à Empresa Gaúcha de Rodovias

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Atualizado terça-feira,
06 de Dezembro de 2022 às 09:40

Estado e EGR avaliam três obras na região
Trecho de Cruzeiro do Sul, em direção a Mato Leitão, está entre os pontos críticos em termos de acidentabilidade. Crédito: Filipe Faleiro
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O Piratini estuda um aporte de R$ 19 milhões para aplicar em obras estruturantes nas rodovias pedagiadas da EGR. O processo tramita na Secretaria da Fazenda. Apesar da autarquia responsável pelos pedágios ainda aguardar confirmação, já existe o apontamento de onde os recursos serão aplicados.
Do total para sete rodovias, o Vale do Taquari pode receber R$ 9,3 milhões para três obras. Duas na RSC-453 em Cruzeiro do Sul e a outra entre Encantado e Muçum. As demais ficam no litoral e outras três na Serra.

A escolha dos locais tem relação com a interlocução política entre os prefeitos, governo do Estado e a empresa pública de pedágios. Das obras estruturantes, de interseções e rótulas, duas estavam no plano de concessões, suspenso pelo Executivo gaúcho em setembro deste ano. Ambas ficam em Cruzeiro do Sul. Caso sejam confirmadas, haverá uma antecipação, pois no pacote anterior, ocorreriam 20 anos após o novo contrato dos pedágios.

“São demandas reivindicadas faz mais de uma década. São muito importantes para a nossa região. Tanto em termos de proteção à vida, segurança aos pedestres e melhorias para os negócios”, avalia o presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale (CIC-VT), Ivandro Rosa.

Em Cruzeiro do Sul, as duas obras projetadas ficam na RSC-453. No distrito industrial e no acesso secundário, pela rua Frederico Germano Haenssgen. Esta última, fica em um trecho considerado de risco, devido a precariedade dos acessos.

Em dez anos, cinco óbitos

Conforme acompanhamento da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o acesso secundário a Cruzeiro do Sul é um dos pontos mais críticos da RSC-453. Comandante do Grupo Rodoviário, o sargento Éderson Barbosa Soares, realça que se trata de uma travessia entre interior em direção a área urbana do município, além de ser usada por trabalhadores que se dirigem tanto para Lajeado, quanto Mato Leitão e Venâncio Aires.

“Há uma redução da velocidade sobre a pista. Com isso, registros de colisão traseira e laterais”. Em dez anos, foram cinco mortes no local, além de outros com 36 feridos e 16 com danos materiais. Pela estatística do Detran, são consideradas apenas óbitos no local. Caso de pessoas que vão para atendimento hospitalar e não resistem ficam de fora da mortalidade. Com isso, o comandante do grupo acredita que os acidentes superem as cinco contabilizadas.

 

Estímulo ao turismo

A obra com mais investimento fica no acesso a Muçum. São R$ 4,5 milhões. De acordo com o prefeito, Matheus Trojan, há um diálogo estabelecido com o governo gaúcho desde 2021. O estudo prévio de engenharia foi aprovado na EGR.

“Primeiro tentamos incluir no plano de concessões. Não tendo a possibilidade, buscamos com recursos tanto da EGR quanto do Estado”, diz o prefeito. A partir disso, houve o anúncio de que a obra estaria entre as prioritárias dentro do programa Avançar.

Pelo projeto, a obra garante um acesso adaptado para o bairro Guaporé, onde está a estação ferroviária, usada no Trem do Vales. Também é por aquele trecho que se chega na Rota dos Viadutos e Túneis. “Além de mais segurança para motoristas e pedestres, temos a questão turística. Vai facilitar o acesso para os visitantes.”

Detalhes do processo…

SOBRE A ESCOLHA DOS TRECHOS:

A EGR definiu as prioridades por meio de análise das demandas apresentadas pelas comunidades;

SOBRE O APORTE FINANCEIRO E NÃO USO DO RECURSO DO PEDÁGIO:

• Conforme a estatal, a destinação por meio de aporte se deu porque são obras adicionais, que não estão contempladas no programa de concessões comunitárias;

• A EGR reforça que a arrecadação advinda das praças de pedágio é suficiente à execução das obras e serviços de manutenção programados. “A EGR possui finanças em dia e conta com o seu caixa absolutamente sadio”, informa a autarquia.

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