Câmara aprova bonificação para o presidente da Cipa

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Câmara aprova bonificação para o presidente da Cipa

Projeto gerou críticas de alguns parlamentares, mas recebeu o parecer favorável de oito vereadores. Gratificação mensal ao responsável pelo órgão voltado à segurança do trabalho será de R$ 1.270

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Atualizado terça-feira,
06 de Dezembro de 2022 às 09:41

Câmara aprova bonificação para o presidente da Cipa
Proposta de pagamento ao responsável por setor de prevenção de acidentes motivou discussão entre os parlamentares. Crédito: Jhon Willian Tedeschi
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A reunião do legislativo nessa segunda-feira, 5, teve como principal pauta a remuneração ao presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). A proposta teve oito votos favoráveis e quatro contrários, abriu debate e motivou falas ríspidas dos vereadores. O pagamento mensal para o gestor do órgão será de R$ 1.270. Os parlamentares também aprovaram a contratação de 43 servidores para o setor de infraestrutura.

A fala do vereador Tiago Lehnen (PSD) deu o tom sobre como seria o debate do projeto. “É um projeto polêmico, mas vai ter o meu apoio.” Ele justificou um temor quanto a uma possível desistência do responsável em função de uma eventual negativa e destacou o desafio a frente da comissão. “Nem se me oferecessem R$ 50 mil eu gostaria de ser presidente da Cipa”, acrescentou.

Por outro lado, os parlamentares Humberto Canigia Rerig (Republicanos) e Volnei Zancanaro (União Brasil) usaram a tribuna para demonstrar contrariedade à proposta. O vereador republicano citou um contato feito com integrantes da comissão que garantiram deixar a Cipa, caso o projeto fosse aprovado. “Muitos deles comentaram que ganham menos que a remuneração. Não acho justo”, disse.

Zancanaro mencionou que Estrela é o único município que possui um órgão voltado à segurança do trabalho, com profissionais da área contratados pelo governo. “É uma demagogia barata o que estamos fazendo hoje à noite.” O vereador do União Brasil afirmou ainda que a proposta se trata de um “ato político”. “Nós temos que ter a responsabilidade de barrar essas demandas que nos colocam contra o povo”, completou.

O vereador João Braun (PP) usou argumentos técnicos para justificar o voto contrário ao projeto. “Estudando o que a iniciativa privada e outros municípios fazem em relação à Cipa, não tem como votar favorável. Nenhuma empresa ou governo dá qualquer tipo de gratificação”, mencionou. O outro parlamentar a votar contra a proposta foi Valderês Oliveira da Rosa (PSD).

Mais servidores à infraestrutura

Um projeto que não estava em pauta, mas foi a votação por acordo entre os vereadores, tratava da contratação emergencial de uma série de profissionais, para cobrir necessidades da Secretaria de Infraestrutura. Foi identificado deficit de pessoal, devido a licenças, aposentadorias e uma elevada carga de trabalho no setor.

Os contratos serão temporários, com a validade de um ano, que pode se renovar pelo mesmo período. Ao todo, são 43 servidores, para as funções de auxiliar de serviços gerais, mecânico, eletricista, pedreiro, soldador e pintor.

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