Diagnóstico aponta três estratégias ao APL Alimentos e Bebidas

ECONOMIA

Diagnóstico aponta três estratégias ao APL Alimentos e Bebidas

Eixos são voltados à qualificação profissional, comunicação e finanças. Diagnóstico feito nas empresas mostra necessidade de mão de obra desde funções operacionais até de conhecimento técnico. Programas nestes três aspectos sustentam planejamento para 2023

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Atualizado sábado,
03 de Dezembro de 2022 às 08:02

Diagnóstico aponta três estratégias ao APL Alimentos e Bebidas
APL Alimentos e Bebidas tem 33 empresas associadas. Integrantes contam com facilidades para acessar programas públicos de financiamentos e de isenções. Crédito: Filipe Faleiro
Vale do Taquari

O Arranjo Produtivo Local (APL) Alimentos e Bebidas completa um ano de atividades e planeja formas de consolidar a organização. Para o próximo ano, após consultoria promovida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), três estratégias se mostraram fundamentais.

“Dividimos eixos temáticos. Cada um com trabalhos específicos e com ações projetadas para 2023”, destaca o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da Região (CIC-VT), Ivandro Rosa. Em assembleia nesta semana, foram apresentados as atividades do ano.
Conforme a coordenadora do APL, Aline Eggers Bagatini, o ano foi de esforço por mobilizar empreendedores, promover visitas técnicas e criar um ambiente propício para troca de experiências entre as empresas.

Junto com isso, também foi debatida a cobrança de mensalidade para garantir investimentos dentro do planejamento estratégico. Na análise dela, é preciso aumentar a adesão de empresas. Com isso, se garante mais representatividade e presença da APL em diversas esferas da sociedade, inclusive com participação em eventos e feiras.

A organização foi homologada em junho do ano passado. Esse processo facilita o acesso a crédito em instituições financeiras, participação de programas governamentais de incentivo, entre outros benefícios. O Arranjo Produtivo Local tem 33 empresas associadas. A composição vai desde pequenos negócios locais a marcas com reconhecimento nacional e vendas em outros países. Durante os dois primeiros anos o Sebrae dará suporte, com um projeto de governança e estudo sobre a cadeia de alimentos da região.

“Teremos um ano desafiador”

O cenário macroeconômico para 2023 impõe sobre as empresas uma necessidade de dinamismo e cautela para investimentos. É o que afirma o presidente da CIC, Ivandro Rosa. Para ele, uma alternativa para tornar a região mais competitiva é conseguir ingressar em programas públicos de incentivo, como o Fundopem.

“Em um cenário de juros altos, muitas empresas evitam financiamentos e postergam investimentos. Agora, com o APL há condições de acessar verbas subsidiadas”. Com isso, destaca Rosa, as indústrias do setor de alimentos Vale do Taquari tem oportunidades para ser mais competitivo.

Dentro do escopo principal do APL, sustenta a necessidade de fortalecimento da APL. A partir disso ainda garantir a quebra de paradigma entre as organizações. “Aos poucos estamos quebrando a barreira de uma empresa consultar a outra. De trocar experiências.”

Em busca de profissionais

No diagnóstico em curso, uma das lacunas para o desenvolvimentos das empresas do APL é a oferta de mão de obra. Conforme a analista de Projetos do Sebrae, Soraia Cristiane Gerhardt, nas entrevistas com os gestores, a maioria conta com vagas de trabalho em aberto.

Como a região tem um índice empregatício maior que a média estadual e nacional, há carência de profissionais desde as funções operacionais das indústrias, quanto para áreas técnicas. Pela análise prévia com relação à pesquisa, há muita rotatividade nas vagas para “chão de fábrica”.

 

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