CCR projeta iniciar atividades de usina de asfalto em janeiro

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CCR projeta iniciar atividades de usina de asfalto em janeiro

Com uso de tecnologia alemã, concessionária finaliza implementação de estrutura para fabricar asfalto. Ao todo, serão criadas 40 vagas de emprego

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Atualizado sexta-feira,
02 de Dezembro de 2022 às 08:08

CCR projeta iniciar atividades de usina de asfalto em janeiro
Usina de asfalto terá capacidade produtiva de 160 toneladas por hora. Crédito: Jhon Willian Tedeschi
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A obra da usina de asfalto da CCR ViaSul chega à fase final. Com a maior parte da estrutura instalada, a equipe projeta acelerar os trabalhos ao longo de dezembro para finalizar os detalhes restantes e iniciar as atividades do complexo em janeiro.

A estrutura está situada no km 356 da BR-386, entre as localidades de Glória e Costão. Com cerca de 35 metros de altura, a montagem dos equipamentos que formam a usina está quase pronta. As peças faltantes já chegaram e a concessionária pretende iniciar testes ainda em dezembro.

A empresa possui uma licença de instalação, para montagem do pátio e da usina. Esse documento autoriza a produção de asfalto para uso interno, para testes ou adequações na estrutura. Após essa fase de experimentação, a CCR ViaSul deverá protocolar um pedido para licença de operação junto à Fepam. Com a aprovação, poderá iniciar a produção destinada ao uso externo.

A montagem da usina teve a maioria das peças importadas da China, mas a tecnologia do equipamento veio da Alemanha. A estrutura foi preparada em um contêiner, o que permite um rápido processo de manejo, se necessário. “Pode desmontar e levar para outro local em um tempo entre 15 e 20 dias”, explica Fábio Hirsch, coordenador de engenharia da CCR ViaSul.

O custo total da obra chega aos R$ 20 milhões, sendo que deste montante, R$ 16 milhões foram destinados à compra do maquinário alemão. “Não levamos em consideração o retorno, mas a qualidade do material produzido”, ressalta Hirsch.

O equipamento é totalmente automatizado, sendo necessários apenas três profissionais para a operação. Para as demais atividades, serão contratadas cerca de 40 pessoas.

Para acompanhar e orientar o processo, foi necessária a presença de um técnico da Lintec, empresa fabricante do equipamento. No entanto, devido ao atraso em outra obra semelhante no Pará, as atividades atrasaram cerca de um mês e meio. “Não podemos mexer nos contêineres sem esse representante, senão perdemos direto a seguro e garantia do equipamento”, diz o engenheiro.

Margem de transporte

Um dos fatores determinantes para a distribuição do produto final é o raio de alcance. A perspectiva é atender a um raio que vai até Canoas, na entrada da BR-448 (Rodovia do Parque), no sentido interior/capital, e até Soledade, no fluxo inverso.

A usina tem capacidade produtiva de 160 toneladas por hora. A alta produção se torna importante à medida que os dias de utilização do equipamento são restritos por questões climáticas. “São de 12 a 16 dias produtivos para a camada asfáltica”, detalha Hirsch.

Pela necessidade de manter o asfalto a uma temperatura mínima de 150°C, a operação não ocorre com menos de 10°C nos termômetros. “Dias com neblina, pista molhada ou chuva, não se produz nada”, acrescenta.

Reutilização

Será a primeira usina da CCR ViaSul no formato gravimétrico, que garante maior qualidade e sustentabilidade no produto final. Deste tipo, existem apenas outras três no Brasil, todas fora da região Sul. “Deixaremos de usar recursos naturais de pedreiras, para usar material fresado”, explica Hirsch.

O complexo terá um espaço específico de armazenagem do material retirado das rodovias, que atualmente fica em unidades de depósito na extensão da rodovia, chamados canteiros de espera.

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